*Imagem: pinimg.com

“O Silício (Si14) poderia ser uma alternativa como elemento básico para a química da vida, tal como o Carbono, base de toda a vida que conhecemos na Terra?

O elemento que dá vida aos computadores e smartphones , seria capaz de entrar na bioquímica de alguma humanidade por meio da tecnologia?

Vamos decifrar esse enigma!” Lallá Barretto

A partir dos anos 60, começaram as especulações se o Silício (Si14) poderia ser uma alternativa como elemento básico para a química da vida, tal como o Carbono, base de toda a vida que conhecemos na Terra. Isso por causa da estrutura semelhante desses elementos químicos. O Carbono é capaz de fazer ligações com quatro átomos ao mesmo tempo, permitindo a criação das grandes redes moleculares essenciais da vida. Embora o Silício também apresente estrutura com a mesma possibilidade, essas ligações não existem na natureza, sendo resultado de manipulações em laboratório, que resultam na fabricação de materiais tecnológicos avançados, como computadores, smartphones, painéis solares e sistemas de energia.

Um dos grandes divulgadores da ideia do Silício como alternativa ao Carbono foi o astrofísico Carl Sagan, em seu interessantíssimo livro Vida Inteligente no Universo, 1966. O Silício poderia por hipótese fazer naturalmente essas ligações sob condições extremas de temperatura e pressão, condições ambientais encontradas nos mundos alienígenas que vêm sendo revelados pela exploração espacial.

Conceito artístico do que poderia ser uma vida baseada em silício no lugar de carbono.
Fonte: ciberia.com

Essa hipótese prevalecia até que o Silício foi acrescentado como elemento essencial na bioquímica dos alegados interlocutores que teriam respondido à Mensagem de Arecibo no Agroglifo de Chilbolton de 2001.

Entretanto, o ceticismo nos obriga a questionar ainda a possibilidade de fraude, de uma brincadeira de desocupados na fabricação do Agroglifo, já que Carl Sagan, além de ser um dos divulgadores da ideia do Silício como base para a vida, contribuiu também para a própria elaboração da Mensagem de Arecibo.  Mas, como vimos acima, este seria o último indício que poderia indicar uma fraude eventual. No entusiasmo da leitura da resposta, passou batido o fato de que a informação não segue a ideia de Sagan: o Silício não substitui o Carbono como base para a vida, ele é acrescentado, como um elemento a mais.

Nuance que pode ser especulada a partir do avanço científico espetacular obtido pelo Instituto de Tecnologia da California, quinze anos mais tarde, em 2016.

Jennifer Kan, pesquisadora de Engenharia Química da Caltech.
Fonte: ciberia.com

O CALTECH conseguiu induzir uma enzima a fazer ligações entre o Silício e o próprio Carbono, associação que, como vimos, não existe naturalmente e que passa então a estar inserida nos processos de engenharia bioquímica. O que é possível especular sobre isso com a introdução do Silício na estrutura química dos supostos alienígenas que teriam respondido à mensagem de Arecibo?

Especulando …

Primeiramente, que o Silício não é indicado como substituto do Carbono na vida dos nossos alegadosalienígenas. Podemos então nos perguntar se a associação do Silício ao Carbono poderia ser natural na bioquímica alienígena, se uma enzima igual ou semelhante à obtida pela CALTECH existisse naturalmente nesse mundo extraterrestre. Porém, se guardarmos a ideia de que as leis que regem a química da vida são as mesmas em todo o universo, é legítimo especular se a informação do Agroglifo não sugeriria uma intervenção no próprio ADN desses seres para a introdução do Silício, que apresenta assim uma estrutura de três hélices, diferente da hélice dupla formada pelo Carbono. A estrutura do ADN com três hélices vem sendo estudada pela engenharia bioquímica terrestre para desligar genes causadores de diversas doenças humanas.

Fonte: Pinterest

A suposta resposta de Chilbolton, em 2001, antecipa em quinze anos um avanço da ciência terrestre, e estaria nos informando sobre seres que existem de verdade e que já manipulam sua natureza biológica? É pra já ficarmos sabendo de que são feitos e do que são capazes? Para irmos integrando ideias de um futuro científico que já está chegando ao alcance da humanidade?