Na imagem que ilustra essa postagem uma diminuta área da esfera celeste equivalente a 1/10 do tamanho aparente médio da Lua Cheia pelo telescópio Hubble. O que vemos nessa foto?
Galáxias, galáxias em todos os lugares – até onde o telescópio espacial da NASA pode ver. Essa pequena área do céu comporta quase 10.000 galáxias. É uma das imagens de luz visível mais profundas do cosmos. Chamado de Hubble Ultra Deep Field, esta visão repleta de galáxias representa uma amostra “profunda” do núcleo do universo, cortando bilhões de anos-luz.
Á área focada fica na constelação de Fornax, e nela não existem praticamente estrelas da Via-Láctea (a nossa galáxia), ou seja, a quase totalidade dos “pontos” de luz nessa imagem são realmente galáxias e a maioria possui cerca de centenas de bilhões de sóis ou estrelas, e provavelmente um número maior ainda de planetas, se usarmos como parâmetro os números que possuímos hoje de exoplanetas em nossa região cósmica.
O instantâneo inclui galáxias de várias idades, tamanhos, formas e cores. As menores galáxias, mais vermelhas, cerca de 100, podem estar entre as mais distantes conhecidas, existindo quando o universo tinha apenas 800 milhões de anos. As galáxias mais próximas – as espirais e elípticas maiores, mais brilhantes e bem definidas – prosperaram a cerca de 1 bilhão de anos atrás, quando o cosmos tinha 13 bilhões de anos.
Em contraste vibrante com a rica colheita de galáxias espirais e elípticas clássicas, há um “zoológico” de galáxias estranhas espalhadas pelo campo. Alguns desses representantes parecem palitos de dente; outros parecem estar interagindo. Essas galáxias excêntricas narram um período em que o universo era mais jovem e caótico, quando sua estruturação estava apenas começando a emergir.
As observações do Ultra Deep Field, feitas pela Advanced Camera for Surveys, representam uma visão estreita e profunda do cosmos, mas que revela a grandiosidade do existir e do próprio universo e ao mesmo tempo diante dessa realidade e olhando para mente de alguns que habitam esse planeta como pode ser limitada ainda a mente humana, que não percebe que as possibilidades de vida e sua interação direta com a própria evolução do cosmos pode e parece ser sua maior inspiração.
As noções sobre a pluralidade dos mundos habitados não estão baseadas apenas na grandeza do universo como alguns imaginam, mas em sua constituição UNA, em todos os sentidos possíveis. Desde que começamos a decompor a luz das estrelas nas análises espectrais e portanto das galáxias, que sabemos que os mesmos átomos, ou elementos químicos que conhecemos na Terra, incluindo aqueles relacionados diretamente a existência de vida estão em cada ponto de luz dessa mesma imagem.
E a questão dos UFOs, e das idéias ligadas a presença extraplanetária ou dos extraterrestres chegando a Terra? Para alguns isso simplesmente é um absurdo, pois “não existe tecnologia para vencer os abismos cósmicos entre as estrelas por conta do limite da velocidade da luz”. Supostamente nossa ciência não teria encontrado ainda uma explicação para vencer esta dificuldade. Mas de que tecnologia estamos falando? Nosso desenvolvimento tecnológico possui pouco mais de 100 anos e sabemos que são bilhões de anos mais velhos que o nosso sol e a própria Terra onde a vida teve certamente muito mais tempo para surgir e evoluir. E não existiria mesmo uma prova de vida extraterrestre ou da presença de civilizações avançadas chegando ao nosso sistema solar, ou à Terra? Uma das respostas que gosto de dar é que a maior prova de vida extraterrestre é nossa própria presença no planeta. Issó para alguns que certamente ainda se questionam se estão sozinhos no universo certamente não é sério, mas isso não me preocupa.
O que na verdade causa preocupação é o que inúmeras vezes me foi perguntado, inclusive em programas da televisão brasileira. Existe Vida Inteligente mesmo fora da Terra? A referida pergunta feita em um tom que revelava, que uma resposta positiva minha seria considerada algo plenamente questionável. Na última dessas oportunidades não resisti a esse exemplo de ignorância no sentido literal do termo e preferi responder a jornalista com outra pergunta, que seria considerada pelos negacionistas também algo reprovável:
EXISTE MESMO VIDA INTELIGENTE NA TERRA?