- Palestra pronunciada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), 25/10/2019.
*Imagem: Objetos voadores desconhecidos, Ufo.
O que é Ufologia?
A Ufologia é um conhecimento que vem se elaborando a partir da observação de luzes, naves, sondas, de variados tipos, cores e tamanhos, exibindo em nosso planeta comportamento inteligente e tecnologia desconhecida, e deixando vestígios de sua visita desde tempos imemoriais.
Luzes – Operação Prato. Pará, 1977.
Objetos tecnológicos – Operação Prato. Pará, 1977.
Por serem observados entrando no nosso mundo principalmente a partir do céu noturno e exibirem comportamento inteligente, logo foram interpretados por muitas civilizações humanas como oriundos de outros mundos fora da Terra, como atestam os livros da civilização hindu; a tradição oral dos índios Hopi, o mito fundador dos Dogons, no Mali, e também das grandes civilizações maia e chinesa, acrescentando curiosidade e espanto à grande questão filosófica da humanidade, que em todos os tempos e culturas esteve referenciada ao conhecimento do céu: “estamos sozinhos no universo? ”
Milhares de registros de relatos de testemunhas ao redor do mundo, que podem ser consultados em sites como o do Arquivo Nacional, do MUFON, do GEIPAN, para citar alguns dos mais importantes organismos que documentam o fenômeno Ufo, atestam ainda que esses objetos podem ser tripulados, ocasião em que podem também ser observados seres inteligentes que entram em contato com os humanos, seja através de linguagem articulada, seja através de telepatia.
O contato direto entre humanos e supostos extraterrestres pode ser amigável ou configurar um evento ufológico específico, as abduções, quando humanos são constrangidos a entrar em naves, onde são objeto de exames físicos com instrumentos desconhecidos, e outros procedimentos que sugerem manipulações genéticas. São ainda os relatos de testemunhas que revelaram o fenômeno das abduções. Dentre essa casuística destacamos os registros controlados, como nos casos de Antonio Villas Boas, pesquisado pelo médico e ufólogo Olavo Fontes, da pianista e concertista internacional Luli Oswald, em 1979, pesquisado pela professora Irene Granchi, de Betty e Barney Hill, em 1969, ou de Travis Walton, em 1975, ambos nos EUA, para citar apenas alguns casos que impuseram as coordenadas das abduções.
Abduções. Ilustração de relatos que sugerem interesse pela biologia genética humana.
Betty e Barney Hill, abduzidos em 1969.
Objetos voadores não identificados, OVNI, ou Ufos, para a sigla em inglês, da qual deriva o significante Ufologia, é a denominação dada pela Cultura planetária a essas manifestações. É um significante que leva a marca do desejo de saber que elege o objeto ufológico como digno de ser conhecido pelo intelecto. Embutida no nome encontra-se a pergunta “o que é”? Sendo a determinação “do que é” a principal preocupação da Ufologia.
A natureza fugidia e variada do fenômeno Ufo nos levará nesta comunicação a unificar todas as suas manifestações no conceito de Objeto Ufológico.
O conceito de Objeto Ufológico
Unificando as diferentes manifestações no conceito de Objeto ufológico, definimos assim um campo particular de conhecimento, buscando racionalizar a observação e interferência em nosso mundo de manifestações extremamente diversificadas de luzes, naves, sondas, seres de variadas formas, diferentes modos de contato, sequelas físicas e psicológicas desses contatos com uma realidade percebida como proveniente de fora do planeta Terra. Existe também um contexto ambiental que acolhe os eventos ufológicos, como a ausência de qualquer ruído, suspensão do tempo, etc. Novamente, as fontes de informação sobre a variedade e estranheza do objeto ufológico provém dos registros de casos feitos por órgãos governamentais ou independentes, e ufólogos individuais.
O conceito de Objeto Ufológico abrange então todo tipo de evento que sugira tecnologias muito mais avançadas e desconhecidas para nós, que indiquem uma proveniência exterior ao nosso planeta, e que apresentem as características marcadas, livremente observadas ao longo de décadas, que distinguem um evento ufológico de qualquer outro evento, como balões, satélites, estações espaciais, meteoritos, estrelas cadentes, intervenção humana na fatura de vestígios, como no caso dos Agroglifos, considerados como eventos ufológicos, etc..
Contexto epistemológico de produção do conhecimento ufológico
Somente a partir de 1947 falaremos de Ufologia, do estudo racional e sistemático das manifestações ufológicas. Nesse ano, nove naves voando em formação surpreenderam o piloto americano Keneth Arnold, no estado de Washington. O episódio foi largamente noticiado pela imprensa e seu relato registrado e controlado inúmeras vezes inaugura a chamada Era Moderna dos Discos Voadores, momento em que nossa civilização mergulhava na era tecnológica, com o desenvolvimento de instrumentos de observação e análise, como máquinas fotográficas, filmadoras, radares, lasers, celulares, etc., permitindo progredir em direção a uma abordagem científica do fenômeno Ufo.
Keneth Arnold, 1947.
Bélgica, 1990, ilustração de relatos.
A Ufologia tem um pano de fundo, que é a política concertada entre a maioria dos governos do planeta de acobertamento da realidade extraterrestre. Essa política incide diretamente sobre as condições de produção do conhecimento ufológico, pois diferentes instâncias de poder no planeta escondem evidências e desacreditam sistematicamente a realidade ufológica. Destrói carreiras científicas que se aventurem a enveredar pela pesquisa ufológica, prejudicando gravemente o estudo científico civil, porque as instâncias militares essas estudam mais ou menos secretamente os fenômenos. Isso leva à situação de termos uma Ufologia militar, onde países como os EUA, com o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP), do Pentágono, a França, com o Grupo de estudos e informações sobre os fenômenos aeroespaciais não identificados (GEIPAN), o Chile, com Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos ( CEFAA ), a Argentina, com a Comissão de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (CIFA), para citar apenas alguns dos países mais engajados na pesquisa ufológica, registram e estudam ativamente o fenômeno Ufo.
As observações livres ou controladas dos Ufos determinaram algumas características desses objetos que têm influência decisiva na elaboração do seu estatuto científico.
O estatuto não científico do Objeto Ufológico
O problema maior é justamente apresentar elementos de discussão sobre por que é negada a um objeto do desejo de saber humano a possibilidade de ser tratado cientificamente, ou seja, com o uso metódico da razão?
O fato de o Objeto ufológico manifestar na sua movimentação o domínio de uma tecnologia cuja característica principal é a de desafiar as leis da física terrestre, recorrer às ciências exatas, notadamente à própria física, parecia uma evidência para se entender um objeto que se apresenta como produto evidente de uma ciência incomensuravelmente avançada para os nossos padrões. Essa referência foi fatal para a Ufologia, pela impossibilidade de reduzir o objeto ufológico aos protocolos básicos dessa ciência, onde o observador tem que ter o controle do objeto, podendo provocar sua manifestação e repeti-la para validar o conhecimento obtido. Por ser totalmente refratário a esse tipo de apreensão, todo o objeto ufológico passou a ser considerado como não físico, e até inexistente, sendo por isso declarado fora da racionalidade científica. Essa premissa foi engendrada e encampada pelo acobertamento, que passou a promover o entendimento de que seriam produções mentais, alucinações individuais ou coletivas.
Aqui cabe a pergunta: se toda ciência se constrói a partir do objeto que se deseja conhecer, por que recusar o estatuto de ciência a um conhecimento que vem se estruturando a partir da particularidade de um objeto?
Ufologia e Ciência
A experiência humana de contato com as manifestações ufológicas é atestada desde tempos imemoriais, engendrando em muitas culturas e civilizações antigas relatos e mitos sobre civilizadores vindos do espaço. O Objeto ufológico sempre interpelou o espírito humano, tornando-se objeto do desejo de saber, que é um conceito da psicanálise freudiana, aprofundado por Jacques Lacan, e que é o fundamento psíquico de todo conhecimento humano, e, portanto, de toda ciência. Para Freud o desejo de saber faz parte do desenvolvimento subjetivo infantil e emerge a partir do momento em que a criança apreende e questiona as diferenças sexuais, abrindo o caminho de sua psique para todos os questionamentos, culminando nas questões filosóficas: de onde vim, para onde vou, estamos sozinhos no universo?
A Ufologia nasceu buscando a Ciência na Era tecnológica da humanidade e não é demais lembrar que os primeiros ufólogos brasileiros, como aquela que marcou as gerações seguintes, a matriarca Dona Irene Granchi, conhecidíssima professora da Cultura Inglesa, exercitada no método de ensino, Olavo Fontes e Mário Rangel, médicos de excelência em suas especialidades, marcaram felizmente de maneira indelével o desejo de saber científico da Ufologia Brasileira.
Se a ciência é o conhecimento que resulta da aplicação da razão através do método científico, vamos testar a adaptação do Objeto ufológico às premissas básicas do método científico.
Método Científico e Ufologia
O método científico se constitui como um conjunto de regras que permite extrair conhecimento racional e metódico sobre um objeto. Já nasce evidentemente com a própria ciência e sua aplicação desenrola-se nas seguintes etapas: observação, formulação de hipóteses, experimentação, interpretação dos resultados, conclusão.
Observação
A observação ufológica é a etapa mais praticada do método científico por pesquisadores confirmados em todo o mundo, que procuram observar e registrar o fenômeno em repetidas vigílias, com fotos, filmes e relatos, buscando a racionalidade do Objeto ufológico. Citamos aqui o ufólogo brasileiro Marco Antonio Petit, certamente a maior autoridade mundial em observação ufológica controlada. As milhares de observações, controladas ou não pelo método científico, definiram, porém algumas características que estão sempre presentes na observação do fenômeno Ufo.
> Objeto não identificado
A total estranheza tecnológica desses objetos levou os observadores humanos a procurar entende-los por identificação aos objetos conhecidos que frequentam os céus, como helicópteros, aviões, drones, estação espacial, balões meteorológicos, satélites, etc. Desde o início da Era moderna dos Discos Voadores, houve uma progressiva multiplicação dos objetos de tecnologia terrestre, ao mesmo tempo em que se tornaram disponíveis novos instrumentos de observação e análise, permitindo perenizar o impalpável e fugaz objeto ufológico, e provar sua existência.
O estatuto de objeto não identificado indica uma posição epistemológica particular da observação humana, que procede nesse caso por exclusão: um Ufo é tudo o que não é objeto voador conhecido. Essa nomeação expressa o desejo de saber que preside a observação dos Ufos: queremos saber o que é, de onde vem, o que quer de nós!
> Objeto inteligente
A observação ufológica estabeleceu também, sem nenhuma sombra de dúvida, que o Objeto Ufológico é inteligente, e incomensuravelmente mais inteligente do que o observador humano, determinando duas posições epistemológicas inéditas:
– Onde o objeto é autônomo: a inteligência do Objeto Ufológico é quem estabelece os parâmetros do que podemos chamar de “contato epistemológico”: só se dá a conhecer para quem quer e onde quer. Por exemplo, duas pessoas estão juntas observando o céu, uma testemunha um objeto ufológico e a outra não! O observador humano não tem nenhuma prerrogativa de provocar o fenômeno, e muito menos de repeti-lo.
– Onde o observador é observado: tendo sido estabelecido que existe uma interação entre os observadores e o fenômeno. Vamos tomar o exemplo do Capitão Uyrangê Hollanda, comandante da Operação Prato, a maior investigação ufológica oficial do planeta, ocorrida no Pará em 1977. O Capitão Hollanda acabava de chegar a Colares e, apesar de acreditar em discos voadores, estava convencido de que não era disso que se tratava nos acontecimentos que fora chamado a investigar. Numa das primeiras vigílias, seus subordinados perguntaram: “Capitão, será que vai ter que vir uma nave e dar uma volta acima de nós para o senhor acreditar?” Hollanda relata que em menos de cinco minutos apareceu uma enorme nave, que deu uma volta acima do grupo e foi embora em altíssima velocidade. O mesmo Capitão Hollanda relata que os objetos demonstraram diversas vezes saber exatamente onde o grupo estava, para onde iria e o que estava fazendo.
>Objeto extraterrestre
A observação ufológica estabeleceu ao longo dos anos, a partir do comportamento inteligente e da estranheza tecnológica, o fato de virem de fora e de não pertencerem ao nosso planeta, levando à suposição da existência de vida e civilizações extraterrestres inteligentes e avançadas no cosmos.
O Objeto não identificado, inteligente e extraterrestre sofreu recentemente uma reviravolta em seu estatuto de objeto não existente. No dia 18 de setembro de 2019, Joseph Gradisher, porta-voz da Marinha americana, declarou à NBC News a autenticidade de três imagens de ufos captadas por sensores infravermelhos em 2004 e 2015. O grande artesão da Ufologia brasileira, Ademar Gevaerd, considera essa declaração um marco rumo ao desacobertamento, num reconhecimento definitivo de que o objeto é físico, devendo, portanto ser passível de alguma racionalidade.
É interessante fazer aqui uma digressão para falar de como se desenvolve uma ciência. Desde que existem os radares, os Ufos foram captados e observados milhares de vezes. Esses registros de radar já atestavam, sem sombra de dúvida, que o objeto é físico, mas uma espécie de incredulidade continuou a pairar durante décadas e o fenômeno Ufo seguiu sendo inexistente, produto de alucinação individual ou coletiva. Ora, podemos buscar explicar essa alienação epistemológica pelo próprio funcionamento psíquico humano, na figura da denegação. A denegação, segundo Freud, é um mecanismo psíquico que rejeita evidências que não podem ser assimiladas pela mente. É um mecanismo permanentemente implicado na produção do conhecimento ufológico, e grande aliado do acobertamento.
Ao longo do tempo, organizações ufológicas civis e militares, além dos pesquisadores individuais, foram elaborando diferentes protocolos de registro das observações, introduzindo a racionalização do fenômeno.
Além do reconhecimento inquestionável da natureza física do Objeto ufológico, outras evidências reveladas pela observação vêm também se tornando inquestionáveis, na medida em que todo tipo de vestígio, como interferências eletromagnéticas, efeitos de micro-ondas, marcas de pousos de naves, marcas no corpo das testemunhas, etc., pode ser submetido a técnicas de análise laboratorial.
A observação ufológica também coloca o problema do estatuto científico da testemunha, colocada sob suspeita desde o reconhecimento do inconsciente na antropologia humana. O homem, além de limitado pelos seus cinco sentidos, que causam ainda uma apreensão fragmentada da realidade, é ainda sujeito aos efeitos de motivações que lhe são totalmente inconscientes. A Ufologia compartilha com as Ciências Humanas o problema da testemunha como produtora de saber objetivo. A História e a Antropologia já trabalharam bastante os métodos para minimizar as dificuldades subjetivas na obtenção de conhecimento objetivo.
O problema da subjetividade da testemunha é também um dos maiores trunfos do acobertamento para contestar a realidade dos relatos, considerando-os histórias inventadas para ganhar notoriedade, mas esse expediente também está caindo por terra, porque os milhares de relatos de testemunhas vêm evidenciando um padrão de narrativa consistente com a descrição de acontecimentos reais.
Outro argumento frequentemente convocado para desacreditar as testemunhas é a loucura, o delírio psicótico. Ora, a escuta psiquiátrica de orientação psicanalítica está muito bem aparelhada para detectar a psicose no discurso de um sujeito. Alegam também que as testemunhas, pelas limitações humanas que relatamos acima, distorcem a realidade e por isso seu relato perde o valor como produtor de conhecimento. Ora, novamente, a clínica psicanalítica e psiquiátrica já demonstrou que os traumas têm o poder de fixar, em detalhes e para sempre, a memória de situações traumáticas como são a maioria dos contatos humanos com o fenômeno Ufo.
Formulação de hipóteses
Apesar do grande numero de registros controlados por protocolos elaborados por organizações ufológicas ou ufólogos individuais, quase nada temos extraído desse procedimento, já que raramente os dados são analisados e, quando o são, revelam-se estéreis para a formulação de hipóteses. Pouco ou quase nada tem nos adiantado saber qual o horário de maior incidência de avistamentos. Os registros demonstram que os Ufos seguem uma lógica desconhecida na sua trajetória nos céus, e talvez seja essa lógica, muito mais do que sua movimentação entre os pontos cardeais, que devamos procurar o método de apreensão.
A grande hipótese extraterrestre continua sendo a mesma, mas ela foi obtida muito menos pelo método científico, do que pelas observações não controladas em todo o mundo.
Estamos num momento de desenvolvimento da Ciência em que a existência de outras dimensões físicas do universo, hipótese que a Ufologia encampou alegremente, por falta de coisa melhor. Os Ufos vêm talvez de outras dimensões.
Experimentação
Aqui se situa o grande problema da aplicação do método científico à pesquisa ufológica. Como vimos, o objeto é inteligente e reserva-se a prerrogativa de se dar a conhecer, o que instaura a situação inédita do observador/observado, sem o menor controle do objeto. O Objeto ufológico é refratário à experimentação, embora ainda tenhamos que descobrir o que no fenômeno Ufo teria valor de experimental. A Ufologia teria ainda que definir o que é experimentar um objeto dessa natureza particular.
Interpretação
A interpretação do fenômeno Ufo também é pré-científica, no sentido de que não resulta da aplicação do método científico, mas da grande massa de dados, controlados ou não, que vem se acumulando ao longo das décadas.
Conclusão
Não temos evidentemente nenhuma conclusão extraída da aplicação do método científico, simplesmente porque ele não é sistematicamente aplicado pela inadequação do Objeto ufológico à experimentação.
Sabemos o longo tempo de elaboração de uma ciência. A Ufologia está desde 1947 identificando seu Objeto ufológico, hoje com a ajuda de aplicativos que identificam objetos conhecidos. De objeto não identificado que deu nome à Ufologia, estamos hoje diante de um objeto identificado pelo que não é, e sabemos tratar-se de um objeto físico. As observações controladas, notadamente pelos radares, não deixam dúvida de que o objeto ufológico é inteligente e tem o domínio das leis da física e da matéria. Para ter certeza disso, basta acessar o site do Arquivo Nacional e pesquisar os documentos liberados da Operação Prato, uma missão sigilosa enviada pelo governo militar brasileiro ao Estado do Pará, de setembro a novembro de 1977, para investigar o aparecimento quotidiano de nove tipos diferentes de objetos, dentre os quais aquele que ficou pejorativamente conhecido como o Chupa-Chupa que, comprovadamente por laudos médicos e fotografias, atingiu centenas de pessoas deixando marcas no corpo, sequelas físicas e psicológicas. É a maior investigação ufológica oficial do planeta. Os documentos seguem uma metodologia e aguardam ainda a crítica do corpus documental e a análise aprofundada dos resultados do método.
A Ufologia seria então uma ciência em construção, ainda na fase de definição do seu objeto, por isso a concentração de suas atividades na observação, primeira etapa do método científico. Deverá procurar os caminhos do conhecimento levando em conta a autonomia do objeto, sua superioridade científica e tecnológica, e a posição epistemológica de observador/observado, em interação inteligente com o objeto.
A definição do objeto e a posição epistemológica do observador devem forçosamente criar caminhos inéditos para que a racionalidade científica revele a verdadeira natureza do fenômeno Ufo.