*Marco Antonio Petit.

Marco Antonio Petit é um dos maiores ufólogos brasileiros, e dispensaria apresentações se não se tratasse também de um pesquisador dos mais originais, o que torna a missão de entrevistá-lo tão interessante quanto exigente.

Nascido a 27 de maio de 1957 no Rio de Janeiro, Petit, desde muito criança foi tocado pelo mistério da vida inteligente no universo: ao observar o céu noturno, aos sete anos, teve a certeza, que podemos considerar como uma forma de contato, de que grande parte dos corpos celestes que observava seria habitada como nosso mundo. Essa revelação cristalina revelou também o destino de toda sua vida. Precocemente então começou a buscar, ler e estudar tudo o que pudesse contribuir para sua compreensão do fenômeno Ufo. Resultou dessa efervescência curiosa um pesquisador original, capaz de observar e interrogar com suas pesquisas quase todas as facetas do fenômeno Ufo.

Nessa busca decidida do fato ufológico, Petit pesquisou pessoalmente os maiores eventos ocorridos no país, como a Operação Prato, A noite oficial dos Ufos, Varginha, além de revelar a Serra da Beleza, no estado do Rio de Janeiro, como um local de grande incidência de Ufos, promovendo um lugar privilegiado de observação até os dias de hoje. Petit instalou-se no local durante mais de vinte anos, realizando a maior pesquisa ufológica civil no país.

A riqueza de sua experiência e vivência do fenômeno Ufo coloca Petit numa situação especial: de pesquisador com abordagem científica, que aplica métodos de investigação, foi interpelado no próprio plano pessoal, para despertar a pesquisa no campo do que é justamente impalpável no fenômeno Ufo e considerado transcendente ou espiritual.

O ufólogo e escritor Marco Petit, que já proferiu mais de 800 palestras em inúmeras cidades, e que completou 40 anos de atividades públicas (documentadas) em junho de 2019.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Leitoras assíduas da obra de Marco Antônio Petit, quisemos nesta entrevista conversar sobre alguns dos diferentes aspectos do seu trabalho, enfatizando o conhecimento que extraiu das diversas formas de contato de que foi objeto. Teremos certamente a oportunidade futura de abordar os outros aspectos de seu trabalho.

I. Estudo das fotografias da NASA:

Lallá Barretto (LB): Você vem fazendo, junto com outros especialistas ao redor do mundo, um estudo das fotografias da NASA em nosso sistema solar. Esse tipo de estudo sobre sinais da atividade alienígena além da Terra começou já na era espacial, ou astronomicamente já existia alguma forma prévia de evidência?

Marco Antonio Petit (MAP): Antes mesmo do início do programa espacial no ano de 1957, com o lançamento pelos soviéticos de nosso primeiro satélite, o Sputinik, e mesmo antes de surgir a Ufologia, em 1947, eram os astrônomos mediante, por exemplo, as observações lunares, que já estavam observando fatos misteriosos. Desde séculos atrás, vinham sendo testemunhas do que se convencionou chamar de Fenômenos Lunares Transitórios (LTP – Lunar Transiente Phenomena). Dentro desse rótulo foram agrupados diferentes tipos de acontecimentos e observações, algumas dessas certamente ligadas a causas naturais ainda mesmo hoje em discussão, mas algumas permanecem sem explicação, como o aparecimento de misteriosas estruturas, que depois da mesma forma misteriosa, que surgiam na superfície de nosso satélite, desapareciam para nunca mais serem vistas.  Várias ocorrências estavam associadas a “pontos” luminosos, ou escuros, que eram observados pelos telescópios em movimento.  Até a variação das dimensões de algumas crateras com o passar das décadas foi relatada, como se existisse alguém de fato na Lua modificando sua superfície. Hoje a maioria dos astrônomos possui a tendência por questão de simples comodidade, de questionar a validade dessas observações de seus colegas do passado, só que os fenômenos na superfície lunar não desapareceram, pelo contrário, se ampliaram, conforme nossas capacidades observacionais foram se ampliando.  Regiões lunares simplesmente se tornam luminosas, e em nosso tempo isso passou a ser documentado a partir da própria superfície de nosso satélite, inclusive por espaçonaves não tripuladas, que pousaram antes mesmo de nossos astronautas chegarem ao nosso satélite dentro do programa Apollo no final da década de sessenta e início dos anos setenta do século passado.

O catálogo sobre Fenômenos Lunares Transitórios lançado pela NASA em 1968.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

  Os chamados LTPs não acontecem de forma geral na superfície lunar, mas se concentram desde séculos atrás em algumas regiões específicas.  São destaques as regiões das crateras Aristarchus, Copernicus, Kleper, Alphonsus, Linné, Tycho, Gassandi, Picard, Grimaldi, Archimedes, Plato, o mar das Crises, montes Atlas e Pitón, etc.  Só para que se tenham uma ideia, em Aristarchus, uma cratera com mais de 40 quilômetros de diâmetro até o ano de 1968 já haviam 405 registros de fenômenos anômalos, quando a agência espacial norte-americana publicou um trabalho exclusivo sobre esse tema sob a coordenação da astrofísica Bárbara M. Middleburst. Foram reportados nesse documento, conhecido como NASA TR R277, ocorrências desde o ano 1500, ou seja, fenômenos associados à Lua, que puderam ser observados mesmo antes do surgimento dos telescópios.  Como já revelei, muitos desses fenômenos possuem certamente causas naturais, mas outros não só em minha opinião, mas também de outros investigadores, possuem ligação direta com a presença e atividade alienígena na superfície de Lua, conforme as imagens obtidas posteriormente já pelas missões espaciais começaram a revelar de uma forma mais objetiva.

Foto 67-H-1642 obtida pela espaçonave Sorveyor 6, em novembro de 1967 na região conhecida como Sinus Medii durante a noite lunar.  O horizonte, que nessa fotografia aparece inclinado, esta intensamente iluminado revelando mais um sinal de que a verdade sobre a Lua, e o que lá existe, esta longe ainda de ser revelada oficialmente.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Foto de um UFO obtida pela espaçonave norte-americana Lunar Orbiter 3. Abaixo a área da superfície lunar em que tínhamos a linha divisória entre o dia e à noite lunar.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

LB: Apesar das fotografias apontarem para a presença de civilizações tecnológicas, tanto no passado quanto no presente, esse tipo de estudo é bastante criticado. Entre pareidolias e dificuldades de interpretação de uma realidade tão longínqua, muitas pessoas acham que os pesquisadores acabam encontrando o que querem. Mas nós conhecemos a sua seriedade e rigor quando se trata de aprofundar o conhecimento do fenômeno Ufo. Você criou uma metodologia? Como você aborda o estudo dessas fotografias?

MAP: É antes de tudo uma questão objetiva, mas também diferenciada, dentro do meu trabalho, pois fazem parte dele não só fotografias da Lua e Marte, mas também de outros pontos do sistema solar.  Mas o aspecto mais importante, já que todas as imagens possuem origem nas agências espaciais, principalmente a NASA, é a questão do que elas mostrariam de fato. Não existe uma metodologia especifica, pois os achados são de diferentes naturezas. Falando claramente, uso conhecimentos de diferentes áreas para essas avaliações, e poder identificar entre milhares de fotos que já observei, (existem milhões já disponibilizadas nos sites da NASA), aquelas que de fato são relevantes dentro de nossa área de interesse.

Entre as fotografias que destaco nos meus livros, e em minhas conferências sobre os sinais da presença alienígena, por exemplo, existem fotos desde UFOs, imagens de estruturas artificiais em ruínas, ou de bases e instalações, operacionais na atualidade, conforme as fotos parecem revelar, tanto na Lua, como em Marte. Não só eu, mais outros pesquisadores também, identificamos fósseis, ou ossadas de antigos animais que habitaram o Planeta Vermelho, em passado remoto, quando as condições ambientais eram mais favoráveis à vida.  Diante de coisas tão distintas os métodos para avaliação não diferentes. No caso dos fósseis, por exemplo, o método mais indicado foi uma comparação com exemplares da vida remota de nosso próprio planeta.  Por mais surpreendente que possa parecer para alguns, parece que as formas de vida reveladas por essas ossadas, que foram localizadas nos catálogos de imagens dos rovers Spirit, Opportunity e Curiosity, todos da NASA, são muito semelhantes a algumas que viveram em nosso próprio planeta.  São imagens tomadas as vezes a menos de 10 metros de distância.  É claro que é necessário ter conhecimentos dentro dessa área específica, o que acontece comigo. Passei muitos anos estudando paleontologia e antropologia, por força do desenvolvimento de minha teoria sobre a origem extraplanetária da Humanidade.

O livro do entrevistado que documenta suas investigações realizadas nas imagens da agência espacial norte-americana pertinentes as evidências da presença alienígena no satélite da Terra.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Um dos artifícios mais usados pelo ceticismo supostamente científico, e pelos detratores dessas evidências, é de fato a chamada pareidolia.  Aquele “fenômeno” de olhar para uma imagem, uma rocha, seja lá o que for, e tentar associar a formas conhecidas.  Ora, quando eu avalio uma imagem, por exemplo, do que parece ser uma escultura, ou antigo monumento ligado à civilização, que existiu no Planeta Vermelho no passado, além de estudar a simetria da estrutura, verifico entre outras coisas, os sinais ao redor dentro da questão geológica.  O que tenho achado em Marte e outros investigadores do Brasil e exterior nas imagens da NASA, vai muito além de “uma rocha lembrando um rosto humano”, ou coisa parecida. 

Foto descoberta por Marco Petit no arquivo de imagens da espaçonave Mars Global Surveyor documentando o que parecem ser evidências de vida vegetal na atualidade no Planeta Vermelho.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

O astrofísico norte-americano Thomas Van Flandern, hoje saudoso infelizmente, que no passado foi chefe do Observatório Astronômico Naval (EUA), acabou com essa “festa” de se usar a pareidolia para refutar evidências objetivas da existência da antiga civilização marciana, que aparece na forma de ruínas em inúmeras fotografias da NASA. 

O astrofísico norte-americano Thomas Van Flandern, que defendeu abertamente a existência de evidências fotográficas nos arquivos da NASA sobre vida em Marte no passado e presente, e que questionou a validade das tentativas de usar o “fenômeno da pareidolia” como explicação.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.
Imagem obtida pela espaçonave Mars Global Surveyor (Nasa) da superfície marciana apresentada pelo astrofísico Thomas Van Flander documentando o que em sua opinião seriam formas de vida vegetal de grande porte na atualidade.  A imagem foi obtida da órbita marciana. Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Ele usou a matemática e estatística de uma forma objetiva, determinando por exemplo, as possibilidades da Face de Cidônia e da encontrada na região conhecida como Lybia montes, serem apenas obras do acaso e da erosão produzida por fatores naturais, como as tempestades de areia, etc.  Depois de verificar o posicionamento de cada detalhe dessas estruturas em um estudo prévio dos aspectos ligados a simetria desses monumentos.  E o que dizer das estruturas piramidais, que aparecem em inúmeras fotos da superfície marciana?

Imagem da pirâmide de três lados fotografada da órbita marciana pela espaçonave Mars Gloval Surveyor (Nasa) na região conhecida na cartas marcianas como Condor Chasma.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Para NASA essas estruturas, como outras, ou foram “esculpidas” pela água em estado líquido do passado, ou pelas tempestades de areia, quando o planeta virou em grande parte um deserto. Isso pode ser sério?

Falar de pareidolia também em relação aos obeliscos, torres, e outras estruturas de base geométrica achadas nas inúmeras imagens lunares produzidas por várias missões espaciais, só pode ser piada. Não são os defensores da realidade da presença alienígena “que querem ver o que não existiria”. Na realidade são os detratores dessa verdade, que “fecham os olhos” para o que esta mais do que visível! A NASA, por sinal, sabe muito bem o que já documentou e descobriu, daí as manobras, e até manipulações, que praticava em algumas fotos no passado antes da liberação, como no caso denunciado da Face de Cidônia, que detalho em meu livro “Marte – A Verdade Encoberta”.  

O sétimo livro lançado por Marco Petit, onde o pesquisador revela com profundidade seus estudos e descobertas sobre o Planeta Vermelho.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

LB: Em várias das suas palestras você localiza com farta documentação fotográfica a presença alienígena em diversos pontos do nosso sistema solar. Como você avalia essa presença, olhando o sistema solar como um todo?

Trata-se de presença contínua?

De uma ou de várias civilizações cósmicas?

Você localizou tecnologias semelhantes em diferentes planetas e luas do sistema, que indiquem a atuação de uma mesma civilização?

MAP: Esses sinais de fato estão em vários pontos do sistema solar e revelam não só uma presença desde o passado remoto como na Lua e em Marte, como na atualidade.  No que diz respeito aos UFOs fotografados, por exemplo, além dos objetos documentados nas imagens dos astronautas, que pisaram em nosso satélite natural entre 1969 e 1972, daqueles fotografados a partir da superfície marciana pelos rovers da NASA, temos imagens de objetos gigantescos tanto na órbita marciana, mas principalmente documentados pela espaçonave Cassini, já na órbita de Saturno e mesmo passando entre seus anéis. A espaçonave que entrou em órbita no ano 2004, e teve seu fim no ano passado (2017), ao mergulhar contra o segundo planeta em tamanho do sistema solar, em várias de suas milhares e milhares de fotos documentou misteriosos objetos, de diferentes formas e dimensões, alguns realmente gigantescos.  Ainda no sistema de satélites do planeta, a Cassini documentou na lua Iapetus, uma espécie de torre semelhante à algumas das descobertas em nosso satélite (Lua).

Outro ponto do sistema solar, que também mediante as últimas missões revelou imagens do nosso interesse, foi uma das grandes luas de Júpiter descobertas por Galileu. Em Europa, que segundo a própria agência espacial norte-americana (NASA), existe um oceano profundo, onde podem existir formas de vida, foi descoberto em sua superfície congelada um conjunto de estruturas semelhantes a dutos, cuja largura dos maiores passa de 500 metros. Vários desses “correm” paralelamente em conjunto, duplicados.

Foto obtida pela espaçonave Galileu (NASA) documentando alguns dos dutos gigantescos fotografados na superfície da Lua Europa, um dos satélites de Júpiter.  Reparem nos detalhes no canto esquerdo inferior da imagem.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Por incrível que pareça, desde que o cientista russo, o físico Boris Ustinovich, que teve acesso a essas imagens desde a época das primeiras fotografias, resolveu declarar publicamente, que estávamos diante de estruturas artificiais, que ligavam vários  pontos da lua de Júpiter, por meio de alguma forma de veículo, que se movimentaria no interior dessas estruturas, a NASA passou a declarar, que “não havia mais mistério”: tudo não passaria de formações naturais criadas pelo entre choque das camadas de gelo do mencionado oceano, congelado na sua superfície.

Meu trabalho, avaliando essas imagens e outras, somado a meus estudos da questão ufológica em termos gerais, me permitiram chegar a conclusão, que a presença extraplanetária em nosso sistema solar, como na própria Terra, estaria relacionada as mesmas civilizações, que teriam uma espécie de comando único. Não estou dizendo que todos os contatos ufológicos ou raças que já se manifestaram pela presença de suas naves e tripulantes em nosso planeta fariam parte do mesmo contexto, mas que expressiva parcela do que chamamos de fenômeno UFO, tanto na Terra como no restante do sistema solar, estaria intimamente relacionada.  Estaríamos diante, como acontece na Terra de civilizações distintas, até com níveis diferenciados de avanço tecnológico, mas como já disse dentro de um comando único, em que cada uma delas poderia ter suas prioridades dentro de uma interação geral. 

A ideia é que todo o sistema solar, portanto a própria Terra, foi alvo desde um passado remoto dessa intervenção, dentro de um processo de colonização. A própria presença do Homem na Terra, seria fruto dessa forma de interação, como defendo em três dos meus livros relacionados à origem extraplanetária de nossa humanidade.

A semelhança, por exemplo, que notei entre os fósseis ou ossadas dos antigos animais, que podem ser vislumbradas nas imagens dos rovers da NASA, obtidas no planeta Marte, com espécimes da vida tida por nós como terrestre, que habitou o planeta à milhões de anos atrás, não seria algo relacionado ao acaso,  mas a processos de intervenção sob o controle das mesmas forças extraplanetárias.

LB: Repetidas vezes você tem afirmado que o estudo das fotografias demonstra um progressivo desacobertamento da realidade extraterrestre por parte da NASA.

De que maneira a agência espacial americana está fazendo isso?

Que tipo de informação está deixando evidente?

MAP: De início, quando voltei a me dedicar a esse tipo de investigação já na fase da existência da internet, e comecei a buscar imagens nos sites da NASA, era necessário em média observar cerca de 400 ou mais fotografias para achar uma relevante dentro da questão ufológica, ou dos sinais da atividade alienígena, fosse na Lua, ou Marte, por onde esse trabalho começou a ser realizado.  Esse tipo de realidade antes do advento da internet, por exemplo, era ainda muito pior.  Após as duas missões do projeto Viking, que chegaram a Marte no ano de 1976, e foram finalizadas no seguinte, cujas espaçonaves somando as imagens dos módulos orbitais, e aqueles que pousaram na superfície marciana, no total obtiveram cerca de 50 mil fotografias, eu consegui ter acesso a cerca de 800 dessas. A agência espacial simplesmente escolhia o que divulgava ou não.

Se no passado o acobertamento podia ser exercido, e era diretamente com a não divulgação das fotos, hoje pelo menos em tese, e nas declarações da agência espacial, todas as imagens são progressivamente postadas nos sites da NASA.  As pessoas me perguntam que sites são esses? A agência espacial possui sites específicos para cada missão espacial, outros dos seus institutos ou sedes e ainda alguns relacionados a temas, ou assuntos. Não existe um único como muitas pessoas imaginam. Milhões de fotos estão distribuídas nessas páginas.

Mas respondendo ainda especificamente a questão da retirada progressiva do acobertamento, a NASA apesar de não assumir nenhuma das interpretações minhas e, de outros investigadores independentes, periodicamente vem facilitando a descoberta das imagens de nosso interesse. Na época que eu estava escrevendo meu livro “Marte – A Verdade Encoberta”, constatei inclusive, que mesmo antes disso, ela ao postar periodicamente fotografias, em determinados momentos, fez questão de reunir imagens justamente da área de nosso interesse. Ela não fez qualquer divulgação ou chamamento especial para a mídia tomar conhecimento dessas fotografias, mas facilitou as coisas para que pessoas como eu fossemos favorecidos nesse tipo de busca.  Quando achava uma dessas já existia um pacote associado com outras também de nosso interesse. 

Mais recentemente, em sites ligados a exploração de nosso satélite natural (Lua), constatei o mesmo tipo de procedimento, e, em escala maior, com a postagem de fotos nitidamente de nosso interesse em uma situação de acesso mais favorável ainda. Ou seja, ao mesmo tempo que ela continua negando tudo sobre os sinais da presença alienígena dentro de nosso sistema solar, cada vez favorece mais aqueles que estão atrás dessas evidências, e fazem o trabalho de divulgação, que ela ainda não pode fazer sobre essa realidade, ou interpretação de suas fotos.

II. Dona Irene Granchi:

LB: Uma grande referência na sua formação precoce de Ufólogo é a matriarca da Ufologia brasileira, Dona Irene Granchi. Você poderia nos dizer o que ela te transmitiu de mais importante para a sua consideração do fenômeno Ufo?

MAP: Mesmo antes de conhecer nossa matriarca eu já acompanhava seu trabalho e seriedade no trato das questões ufológicas.  Ela havia sido despertada para a realidade da presença dos UFOs mediante um avistamento na cidade de Vassouras (RJ), ocorrido em pleno dia no ano de 1947, quando as próprias investigações ufológicas tiveram início nos EUA, e porque não dizer, no próprio Brasil. Ela foi a nossa grande pioneira, e assim é reconhecida, por conta também é claro, de toda a sua capacidade de avaliação, e importância de seu trabalho investigativo para a Ufologia Mundial.

Em 1979, aconteceu na cidade do Rio de Janeiro o I Encontro Nacional de Teses Ufológicas, para o qual foram selecionados para apresentação pública sete trabalhos, e um deles era de minha autoria.  No dia de minha apresentação e estreia como conferencista falei apresentando minha tese sobre os aspectos bíblicos e históricos da Ufologia, que abordava ainda a ligação da origem da humanidade com a presença dos UFOs na atualidade, para um público de cerca de 600 pessoas. Na banca examinadora, que ao final do evento ainda escolheria três dos sete trabalhos para serem premiados estavam vários dos principais pesquisadores e ufólogos do país, presididos pelo estimado General Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, e a nossa matriarca, a professora Irene Granchi.

Foi um dia muito especial para mim, e decisivo para meu futuro dentro da Ufologia, pois além de ter sido um dos três premiados dentro do evento, ao final do mesmo recebi um convite daquela que seria como uma segunda mãe para mim, para fazer parte imediatamente de seu grupo de pesquisas.  Naquela noite após o evento eu praticamente não consegui dormir, não só pela forma que havia sido recebido mediante meu trabalho pelos principais investigadores do país, como pela forma muito especial que fui convidado para integrar o grupo de nossa grande dama, e porque não dizer, a maior pesquisadora do fenômeno UFO da história da Ufologia Mundial.

Eu convivia com ela semanalmente, e de forma frequente era recebido de forma particular em sua residência para conversas inesquecíveis nos finais de semana, tendo a oportunidade de receber seus valiosos ensinamentos dentro da área da casuística ufológica, base de toda ufologia séria, mediante os casos de todo tipo e graus, que havia estudado, ou ainda investigava.  Recebi não só seus ensinamentos objetivamente sobre o processo investigativo, como aprendi muito com ela mediante sua visão da grandeza, e importância, que envolvia em sua visão o fenômeno UFO, que trazia para ela uma postura de humildade frente nossa existência, e posição dentro do próprio Universo. 

A professora Irene Granchi, matriarca da Ufologia brasileira com o entrevistado no dia do lançamento de seu segundo livro (Terra – Laboratório Biológico Extraterrestre).
 Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

LB: Você acha que ela tinha alguma sensibilidade feminina especial que tenha marcado a transmissão de sua experiência ufológica, e consequentemente a Ufologia brasileira?

MAP: A sensitividade maior feminina é um fato, e não vamos aqui deixar de reconhecer isso. Do ponto de vista ufológico, em minha opinião, isso foi uma constante em sua trajetória, desde o primeiro momento de sua vida, que conscientemente ficou frente a frente pela primeira vez àquele objeto metálico avistado em Vassouras, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Ela própria me falou, que naquele dia, ao mesmo tempo, em que observava aquela nave, sua mente foi invadida pela ideia, que teria que investigar, buscar entender, mesmo que fosse até o final de sua vida o sentido, e o que havia por trás da presença do que naquele hoje distante momento, observava.

III. Redes Sociais:

LB: Muito se critica a enorme quantidade de fotos e vídeos fakes na internet veiculados nas redes sociais, o que gera bastante confusão no público leigo interessado em Ufologia.

MAP: Eu me recordo perfeitamente, ao contrário dos mais jovens, do início do surgimento da internet e das redes sociais. Antes do advento dessa nova realidade, cujas implicações foram extremas para a nossa civilização, divulgar um trabalho, se conhecido no meio ufológico e principalmente atingir uma público numeroso não era uma coisa fácil.

Em nossa área você tinha que estar vinculado de preferência a um grupo reconhecido, ou fazer com que seu próprio trabalho como líder de um deles o tornar-se uma referência. Isso não era fácil. Passei por tudo isso como outros ufólogos reconhecidos do passado, hoje saudosos, e outros como eu, que ainda estão ativos e à frente do movimento ufológico em nosso país, ou no exterior.

Para que seu trabalho e sua própria “existência” fosse uma realidade era necessário publicar artigos em revistas, e isso só seria possível se já tivesse o mínimo de reconhecimento, proferir conferência e em um grau mais aprofundado para que suas ideias chegassem ao público interessado escrever livros. Isso para não falar, que sem aparições, ou entrevistas em rádios, para jornais e TVs, seu nome e suas atividades e ideias permaneceriam limitadas a um numero restrito de pessoas. Falando claramente, se suas atividades não fossem relevantes e principalmente, gerassem um nível de credibilidade, que seria construido ano após ano, dificilmente seu nome se tornaria conhecido, e por consequência o resultado de suas investigações. Todas essas dificuldades evidentemente não impediam que mistificadores e pessoas que não tinham uma postura série conseguissem projeção, mas sem dúvida isso era muito mais difícil do que acontece hoje.

Com o surgimento das redes sociais e a internet em geral qualquer pessoa independentemente da seriedade, da credibilidade, se souber como agir e usar essas mídias, não terá dificuldade em atingir milhares, ou mesmo milhões de pessoas dependendo do caso e da situação que seja criada. É por conta disso, que infelizmente temos hoje documentação fotográfica e cinematográfica sobre UFOs sem a menor credibilidade, na verdade fraudes produzidas com os modernos recursos ligados ao programas de edição, que atingem milhares e mesmo milhões de pessoas. Depoimentos de supostos contatos, totalmente despidos de qualquer realidade podem vir atingir o mesmo “sucesso”, trazendo também para a Ufologia um grande prejuízo.

LB: Qual a importância e o papel das redes sociais na divulgação e conhecimento real do fenômeno UFO?

MAP: Se por um lado existe a facilidade para se divulgar o que não deveria ser conhecido, e que acaba muitas vezes atingindo muitas pessoas, e pior, tido como realidade, não podemos ignorar o quanto as redes sociais nos ajudam a disseminar com rapidez tudo aquilo que precisamos que chegue a um número maior de pessoas, levando a seriedade e as informações de nossas investigações para todo o planeta, ajudando de forma decisiva a conscientização da realidade da presença alienígena em suas inúmeras variantes, e área distintas de nossas pesquisas, não só no aspecto da rapidez, como da abrangência.

IV. Serra da Beleza:

LB: Um belíssimo céu noturno, um mar de montanhas ondulantes, de uma beleza tão excepcional que dá nome à Serra, a história pulsando ainda viva nas antigas fazendas de café e no Quilombo São José. Esse lugar mágico, que alia a beleza natural e a história ao mistério do fenômeno Ufo é a Serra da Beleza, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, local onde você se instalou e realizou durante vinte e três anos a maior pesquisa civil de uma casuística frequente, múltipla e variados tipos de contato evidenciando a atuação de alguma inteligência: são luzes, naves e seres que são até hoje observados na Serra da Beleza.

Você poderia resumir para nós as principais manifestações do fenômeno Ufo que você pôde observar pessoalmente ou pesquisar na Serra da Beleza?

MAP: Minha história nessa região localizada no sudoeste do estado do Rio de Janeiro, começou no ano de 1982, quando comecei a receber depoimentos impressionantes sobre a presença dos chamados discos voadores, nessa área, situada dentro dos limites do município de Valença.

A Serra da Beleza, região do interior do Estado do Rio de Janeiro onde Marco Petit desenvolveu o mais longo e detalhado projeto de pesquisa civil já realizado no país.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Dois anos depois, já em 1982, montei o primeiro acampamento na região, com a participação de meu grupo, a Associação Fluminense de Estudos Ufológicos, que eu havia criado justamente para buscar uma aproximação direta com o fenômeno UFO e se possível com seus tripulantes.

Eu já tinha estado em outros locais supostamente de incidência ufológica com o mesmo objetivo de verificar a validade das informações recebidas sobre esse tipo de atividade, mas em nenhum deles pude confirmar diretamente essa realidade, pelo menos dentro de uma atividade ufológica substancial. Mas na Serra da Beleza isso foi diferente.

Foi no meu primeiro acampamento na região, montado no dia 8 de maio de 1982, em uma noite de céu claro e condições de visibilidade excelentes, que tive meu primeiro avistamento. Observei juntamente com mais quatro membros de meu grupo por volta das 22 horas, um objeto em forma de disco, envolto em uma campo luminoso, cuja coloração variava, conforme almentava sua velocidade, vindo do estado de Minas Gerais, se movimentando com movimentos pendulares em direção a cidade de Volta Redonda (RJ). A observação com tempo para vermos tudo em detalhes durou cerca de 5 minutos.

Extamente duas semanas depois, do mesmo ponto da Serra da Beleza, por volla das 22:30 horas, observei com os membros também de meu grupo, mais dois objetos. Dessa vez eram esféricos e se manifestaram bem mais próximos de nosso acampamento.  No exato momento em que um dos membros acionou sua lanterna em direção aos objetos, eles desapareceram. Ficava claro para cada um de nós que os depoimentos, que eu havia recebido tinham uma base real.  Essas observações foram marcantes, pois além de confirmarem a incidência, foram as duas primeiras oportunidades, que eu ficava frente a frente diretamente com o fenômeno UFO.

Um dos UFOs fotografados por Marco Petit logo após ganhar altura saindo de trás de uma das montanhas da Serra da Beleza (RJ).
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Em outras oportunidades com o passar dos anos, e no total foram 23 anos de investigações, que me levaram a morar, inclusive, tanto no distrito de Santa Isabel do Rio Preto, como o de Conservatória, estive pessoalmente inúmeras vezes em condições de observar detalhadamente os fenômenos, e cheguei a investigar centenas de casos de diferentes graus envolvendo os moradores. Entre esses casos existiam pousos de naves, que deixaram marcas físicas, muitos casos em que os UFOs acompanharam durante principalmente às noites, os carros que trafegavam nas estradas da região (na época de terra), principalmente à que liga as áreas urbanas dos dois distritos mencionados acima. Isso para não citar os casos de avistamentos de tripulantes desses aparelhos, observados mesmo de dia.

LB: As fotos do seu livro “Ovnis na Serra da Beleza” sugerem uma semelhança com as luzes de Hessdalen, na Noruega. Você poderia comentar esse fato?

MAP: Realmente existe uma grande semelhança entre a documentação fotográfica conseguida diretamente por minha pessoa, e meu principal colaborador, o investigador Denilson de Andrade Lima, que esteve presente em cerca de 300 vigílias noturnas, das mais de 600, que eu tive a oportunidade de realizar, dentro das quais obtivemos mais de 100 imagens documentando os fenômenos na região. Mas essa semelhança vai mais além do que as imagens conseguidas nas duas áreas de incidência.

Uma das fotos batidas pelo pesquisador Denilson de Andrade Lima documentando mediante uma exposição prolongada na parte superior a trajetória de um avião, e simultaneamente a trajetória de um UFO na parte inferior.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Com o passar dos anos, da mesma forma que aconteceu na Noruega (Hessdalen), passou a haver uma interação objetiva com as inteligências por trás daquelas aparições. Os responsáveis pelas manifestações ufológicas na Serra da Beleza sabia exatamente o quye estávamos fazendo, ao ponto de no momento em que pressionávamos os disparadores das máquinas fotograficas, dentro do processo de documentação fotográfica daquelas aparições, sempre realizado com exposições prolongadas, para que pudessemos não só registrar as trajetórias dos objetos, como mediante a maior entrada de luz, termos vários pontos de referência nas fotografias para nossos estudos, após a revelação dos filmes, como as montanhas da região, e as próprias estrelas no céu, que apareciam na forma de traços luminosos devido a exposição prolongada e o movimento aparente da esfera celeste, gerado pela rotação da Terra.

Em várias oportunidades em que estávamos fotografando os UFOs, esses objetos, que de início, por exemplo,  apresentavam movimentação direta, sem variação de trajetória e luminosidade, passaram a se deslocar de forma erratica, apresentando ainda em vários casos variação no brilho, como que para demonstrarem, que não se tratavam de nada relacionado à nossa tecnologia, ou ligado ao padrão de voo de nossos aviões, satélites, etc.  Na Serra da Beleza, também da mesma forma que aconteceu em Hessdalen, os UFOs reagiram à sinalização luminosa dirigida a eles.  Em meio a esses avistamentos, fossem em nossos acampamentos no distrito de Conservatória, ou em Santa Isabel, os responsáveis pelos fenômenos, respondiam mediante o campo luminoso, que envolvia esses objetos, nossos sinais dirigidos a eles mediante nossas lanternas. Em alguns casos respondendo, duplicando, reproduzindo o padrão de nossa sinalização, e em outros, simplesmente desaparecendo no céu noturno de nossas vistas, mas geralmente podiam ser ainda observados com brilhom inferior mediante nossos binóculos.

LB: Em sua opinião, a Serra da Beleza é frequentada por uma ou diversas inteligências alienígenas?

MAP: Como parece acontecer em outras áreas de incidência, meus estudos e investigações tanto dos casos dos moradores, como levando em conta minhas próprias experiências diretas com os UFOs, e a inegável interação que tanto eu, e Denilson de Andrade Lima vivemos com os responsáveis pelos fenômenos, cheguei a conclusão desde o início das pesquisas, que estamos diante da atuação e presença de uma única civilização. Devo ressaltar, que depois de centenas de casos envolvendo esses residentes da região da Serra da Beleza, e às minhas próprias experiências, e dos membros de meu grupo, não houve a constatação de qualquer forma de sequela negativa nos evolvidos com essas experiências de contato. Entre essas testemunhas estavam vários militares, que chegaram a ter a oportunidade de observar os UFOs na região de muito perto, as vez à distâncias inferiores a 100 metros, para que os leitores dessa revista tenham uma idéia objetiva do tipo de realidade, que envolve essa região.

LB: Você pode apontar alguma particularidade das manifestações do fenômeno Ufo na Serra da Beleza, diferente do que você pode observar ou pesquisar em outros locais?

MAP: Além da grande incidência verificada na região antes mesmo da minha chegada, conforme os depoimentos sobre casos ocorridos antes de 1982, e ao longo de todos os anos que passei lá, o que ainda hoje impressiona é o continuísmo da presença dos UFOs. Mesmo não estando mais investigando a região desde 2006, ano em que publiquei o meu livro “OVNIs na Serra da Beleza”, continuo a receber informes das aparições dos discos voadores na região.  Mesmo não residindo mais na Serra periodicamente ainda retorno àquela região mágica e de especial importância na minha vida para gravar matérias para documentários e TVs, principalmente do exterior, tomando conhecimento que a presença daqueles objetos realmente continua intensa.

O livro OVNIs na Serra da Beleza lançado em 2006 onde o autor apresentou o resultado de suas investigações e experiências diretas com os UFOs na região.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Em janeiro desse ano (2018) fui convidado para proferir uma conferência em uma das fazendas usadas como pontos de observação e pesquisa no passado, e, em seguida, coordenei uma vigília ufológica aberta para o público presente.  Nessa oportunida em que passei uma única noite no alto da hoje famosa Serra da Beleza, voltei a ser testemunha juntamente com várias das pessoas presentes das aparições desses objetos. Foi meu reencontro com aquilo, que desde o início de minhas investigações, foi confirmado como algo presente de forma acentuada.

LB: Mas o que torna essa região tão especial ao ponto dos moradores considerarem a presença desses objetos como parte de suas vidas?

MAP: Essa questão foi sempre uma de minhas preocupações maiores desde que constatamos de fato a alta incidência.  O primeiro ponto que verificamos tendo como partida revelações de alguns dos moradores foi a presença acentuada da chamada areia monazitica, que possui em sua constituição um elemento radioativo, no caso o Tório.  Nessa época inicial de minhas investigações meu grupo tinha como um de seus membros mais atuantes um geólogo, que pode confirmar essa realidade passada pelos moradore, descobrindo, inclusive, na própria universidade que havia se formado (UFRJ), em sua biblioteca, um compêndio de geologia redigido tendo como base pesquisas realizadas por uma equipe de geólogos norte-americanos, que haviam estado não só em várias regiões de nosso país fazendo suas pesquisas, mas também em outros pontos da América do Sul.  Esse trabalho localizado e estudado pelo geoólogo do grupo, enfatizava algo, que em termos gerais não é muito divulgado. A região é apresentada como destaque nesse tipo de característica geológica. 

O estudo desse particular relativo a presença da monazitica na região acabou por me permitir desenvolver a ideia de que os responsáveis, ou seres por trás da presença dos UFOs na região desenvolveram alguma forma de tecnologia, que permitiria a eles a utilização da emanação radioativa natural (raios gama) para aproveitamento possivelmente energético dentro de seus interesses. Nunca se verificou qualquer sinal da retirada diretamente do material geológico, como nossa civilização realiza para posterior processamento e aproveitamento.  Daí a ideia de que eles possuem de fato uma forma de utilização direta da emanação radioativa.  Mas essa questão da alta incidência vai possivelmente mais além e parece estar relacionada a algo ainda mais significativo, que revela um nível ainda mais profundo de relacionamento do fenômeno UFO com a região.

LB: O que você aprendeu durante esses vinte e três anos da maior pesquisa civil de uma casuística ufológica sobre as questões recorrentes em Ufologia, “de onde eles vêm”, “o que estão fazendo aqui”, “o que querem de nós”?

MAP: As minhas investigações na Serra da Beleza forneceram importantes informações e entre essas está a ideia de que os operadores, e a civilização por trás das aparições na região possui provavelmente uma instalação, base de operações nos subterrâneos da própria área de incidência.  Os UFOs na região são vistos com frequência “saindo”, ou “entrando” nas montanhas. Investigamos vários desses pontos e não existem aberturas físicas, como grandes cavernas, etc.  Uma de minhas fotos mais especiais documenta justamente esse tipo de realidade.

Consegui fotografar com uma exposição prolongada, e a máquina fixada em um tripe, incialmente o objeto esférico, que pairava sobre uma determinada montanha, mas que logo em seguida reduziu o brilho e desceu até desaparecer conforme pode ser observado mediante sua trajetória registrada também na documentação fotográfica já em contato com essa mesma montanha. Esses objetos provavelmente possuem a capacidade de mudarem seu padrão vibratório, saindo de nosso nível físico se desmaterializando, para já se materializarem abaixo da superfície da região onde se localizaria em um bolsão dentro da estrutura geológica da área.

Ou seja, na região da Serra da Beleza, os fenômenos ufológicos teriam como ponto de partida, ou origem essa instalação ou base, para qual pessoas já segundo os próprios relatos já teriam sido levadas, como parece ter sido o caso de uma testemunha direta dessa realidade, cuja experiência foi revivida em uma hipnose regressiva realizada recentemente pela psicóloga e especialista em abduções Gilda Moura, que antes havia me procurado em busca de uma compreensão do que havia passado quando esteve presente na região, que durante décadas foi alvo de minhas pesquisas. É importante ressaltar, que o que acontece na Serra da Beleza parece ser a resposta não só para a incidência da região, como para algumas das outras áreas onde a presença dos chamados discos voadores é algo constante. Ou seja. as civilizações por trás das manifestações ufológicas em várias partes do planeta, já estariam estabelecidas aqui na forma de instalações e bases.  A realidade, que parece cada vez mais evidenciada é que já dividimos o planeta com tais civilizações cósmicas.

UFO fotografado saindo das águas do Mar Adriático em frente a cidade Italiana de Pescara durante uma grande onda ufológica. Os extraplanetários estão já estabelecidos em bases cujas entradas estão em regiões submarinas e nos subterrâneos em  regiões como a Serra da Beleza. 

Já em relação as intenções e o que existiria por trás da presença alienígena (pelo menos de sua maior parcela), é necessário para tentar responder um mergulho em outras áreas de meu próprio trabalho, mas que transcendem os limites de minhas investigações na Serra da Beleza, e estão associadas tanto aos meus estudos sobre a presença extraplanetária no passado histórico e pré-histórico, como em minhas investigações do processo de abdução, além de minhas experiências com o lado mais transcendente da Ufologia, vislumbradas, por exemplo, em meu livro “O Renascimento de um Guardião”, o décimo que publiquei.

O livro “O Renascimento de um Guardião”, onde o entrevistado apresenta de uma forma especial e definitiva sua visão da interação da origem extraterrestre da humanidade, do processo de contato e abdução, com a espiritualidade.
Foto: Arquivo Marco Antonio Petit.

Agradecimento especial a Marco Antonio Petit por essa grande entrevista que pretendemos prosseguir. A variedade do seu trabalho ufológico pede uma continuação dessa entrevista.