A Ufoarqueologia nos abre um universo que, embora novo em termos de informação histórica, intriga milhões de pessoas. É fascinante não apenas por ser recheada de mistérios, mas principalmente porque pode ser o caminho para respondermos ao menos três das perguntas que a humanidade sempre se fez: quem somos nós e de onde viemos? Por que tanta gente sente que tais dados são verdadeiros?

A década de 60 do século passado viu surgir uma nova corrente de pensamento com o lançamento do livro Eram os Deuses Astronautas? [Melhoramentos, 1968], de Erich von Däniken. A hipótese de que nosso planeta pudesse ter sido visitado por extraterrestres não nasceu com o autor, mas foi por meio de seus livros que ganhou corpo e se solidificou, sendo seguido por inúmeros outros escritores. Hoje, a Teoria dos Antigos Astronautas é chamada de Ufoarqueologia e congrega adeptos e estudiosos do mundo todo, que buscam evidências para comprová-la.

Alguns anos adiante, outro livro colocou mais lenha na fogueira dos deuses astronautas. O 12º Planeta [Best Seller, 1976], de Zecharia Sitchin, falava não apenas da visita de alienígenas no passado ou sobre sua influência e participação nas conquistas de nossos ancestrais, como também dizia com todas as letras que a humanidade foi criada misturando-se genes de seres já existentes no planeta com os dos extraterrestres que aqui estavam. As comparações com as Escrituras são inevitáveis para qualquer pessoa que leia Sitchin e, embora não fosse a ideia original do autor, a teoria que propôs uniu-se àquela de Däniken, ampliando a hipótese de que a humanidade terrestre seja híbrida e não 100% fruto do planeta.

A ciência, claro, vê as duas hipóteses como rematada bobagem e o próprio Däniken já reviu algumas de suas afirmações. Porém, há lacunas não preenchidas na história da humanidade e várias falhas nas explicações da arqueologia para muitos dos monumentos antigos que ainda existem e nos desafiam a cada dia, como as pirâmides espalhadas por todo o mundo — e não só no Egito —, por exemplo. Não que a ciência não as explique, ela apenas não explica satisfatoriamente e muitas vezes as respostas parecem mais uma repetição de mantras do que fruto de pesquisas sérias.

Pesquisas aprofundadas

Porém, se a ciência deu as costas para os deuses astronautas, a Ufologia os recebeu de braços abertos e há décadas pesquisadores se especializam no assunto, aprofundando as teorias lançadas pelos dois autores. Nosso entrevistado desta edição é um brasileiro que faz parte desse time. Historiador, administrador, escritor, pesquisador, palestrante, articulista e editor, ele também começou a se interessar, quando jovem, pela Teoria dos Antigos Astronautas após ler Eram os Deus Astronautas? A diferença é que não apenas interessou-se pelo assunto, mas aprofundou-se nele fazendo descobertas interessantes e encontrando pegadas destes tais astronautas, inclusive no Território Nacional.

Autor dos livros Ab Origine [Anunaki, 2012] e Enigmas: A História Secreta da Humanidade [Anunaki, 2015], André de Pierre soma sua formação como historiador às pesquisas de mais de uma década sobre o assunto para criar tais obras, que nos fazem refletir, e muito, sobre como e por que, fomos criados. Para o entrevistado, “fomos mesmo criados à imagem e semelhança dos alienígenas. Somos como eles nas boas e más características”.

Monumento ancestral em Tiahuanaco, na Bolívia, que e considerado o lugar mais antigo da America do Sul. (crédito: BOLIVIAN LEGACY)

Para confirmar as teorias sobre as quais lera, de Pierre estudou a linguagem suméria e tem sua própria interpretação das famosas tabuletas de argila que Sitchin traduziu. Em sua opinião, “deus, anjos e anunnakis são todos a mesma coisa, ou seja, extraterrestres”. O pesquisador também esclarece que o termo anunnaki, usado pelos sumérios, e que muitas vezes é interpretado como sendo o nome de um povo, não tem esse significado. “Sitchin traduziu a palavra ao pé da letra e ela nada mais é do que um sinônimo para extraterrestres, ou seja, ‘aqueles que do céu desceram à Terra’. A palavra nunca se referiu a deuses metafísicos e quem diz isso não conhece nada de escrita cuneiforme”.

André de Pierre apresenta sua pesquisa em livros e plateias pelo país afora, demonstrando também que os sumérios não apenas estiveram em nosso continente, como que estiveram em nosso próprio país. “Historiadores brasileiros do final do século XIX e início do século XX escreveram que expedições fenícias, lideradas por sacerdotes sumérios, haviam chegado à América bem antes de Colombo. Os fenícios vieram com fins mercantilistas e os sumérios para instruir o povo”, afirma corajosamente. As evidências dessa presença estão, segundo o pesquisador, nos traços linguísticos de povos tupis, guaranis e dos incas, além de conterem artefatos como o prato de argila descoberto no Lago Titicaca, que ficou conhecido como Fonte Magna, escrito em linguagem cuneiforme.

Os sumérios no Brasil

Sendo mais específico sobre tais traços linguísticos, o pesquisador aponta a palavra “Sumé”, usada pelos nativos brasileiros. Sumé seria um homem — ou entidade — de grande sabedoria que teria vindo para ensinar aos tupis a agricultura, o uso do fogo e princípios de organização social. Há tribos que atribuem a ele a técnica de se extrair a farinha da mandioca, além de dizerem que ele curava doentes e podia voar. Sua descrição física é de um homem alto, branco, de longas barbas e cabelos. Em 1549, o padre jesuíta Manuel da Nóbrega descreveu essas “lendas” em suas famosas Cartas do Brasil. Os colonizadores católicos, então, relacionaram Sumé a Tomé, acreditando que São Tomé havia estado no Brasil e ajudado os indígenas. Segundo de Pierre, isso se explica porque “naquela época a civilização suméria ainda não havia sido redescoberta e, portanto, não havia como se saber sobre o que falavam os nativos. Hoje sabemos que não era sobre São Tomé”.

Além dos traços linguísticos, temos também o famoso Caminho Peabiru, que ligava o que hoje conhecemos como a cidade de São Vicente, no litoral paulista, à cidade de Cusco, no Peru. Na opinião de nosso entrevistado, “o caminho seria algo da grandiosidade da Muralha da China, com 3.000 km de extensão, ultrapassando matas, rios gigantescos e montanhas, incluindo também ramificações, uma delas ligando Cusco ao Oceano Pacífico”. O caminho era usado pelos nativos há centenas de anos antes da chegada dos portugueses e, embora muitos digam que foi construído pelos incas, eles próprios negam tal informação — eles não construíram o caminho, mas se utilizaram dele. “O caminho ligava os oceanos Atlântico e Pacífico, exatamente nos moldes daquilo que modernamente se pretende fazer. E sabem a quem os nativos atribuíam a construção do caminho? A Sumé”, diz de Pierre.

A Ufoarqueologia é fascinante não apenas por ser recheada de mistérios, mas principalmente porque pode ser o caminho para respondermos, afinal, ao menos duas das perguntas que a humanidade sempre se fez: quem somos nós e de onde viemos? A seguir vamos conhecer mais um pouco sobre o trabalho de André de Pierre em uma entrevista que nos mostrará mais do que evidências e nos guiará para considerações filosóficas fundamentais.

Historiadores do final do século XIX e início do século XX escreveram que expedições fenícias, lideradas por sacerdotes sumérios, haviam chegado à América bem antes de Colombo. Os fenícios vieram com fins mercantilistas e os sumérios para instruir o povo.

Lallá Barretto: Como nasceu seu interesse pelos discos voadores e pela Ufoarqueologia?

André de Pierre: Desde pequeno eu gostava de geografia e de história, o que me fez historiador. Com mais ou menos 12 ou 13 anos avistei algo que parecia um UFO. Logo depois, encontrei o livro Eram os Deuses Astronautas? [Melhoramentos, 1968], na biblioteca de minha mãe. Foi por meio de Däniken, que tive a oportunidade de conhecer anos mais tarde, que surgiu o meu interesse por Ufologia.

LB: Däniken foi o primeiro a falar de maneira ampla sobre o universo das origens da humanidade, apontando vários vestígios em todo o mundo. Em seu livro Ab Origine você parece fazer uma sincronia disso tudo, como se todas as civilizações humanas tivessem a mesma origem cósmica, uma grande convergência. O que pode nos dizer sobre isso?

AP: Primeiro, gostaria de lembrar que meu livro Ab Origine é uma ficção e não um registro histórico, embora se baseie em dados históricos. Quanto à origem das civilizações que conhecemos, todos sabemos que ela está ligada a uma única fonte. Está escrito nas tábuas sumérias que os extraterrestres chegaram à Terra há 450 mil anos, segundo a lista de reis sumérios. A partir desta informação, utilizei meu conhecimento de história e consegui ver uma sincronia entre as civilizações quanto ao seu tempo de existência e a relação entre os fatos descritos nas antigas escrituras. Antes de fazer o livro, fiz uma pesquisa muito séria sobre história antiga e pré-história durante quase uma década. Elaborei também um questionário que apliquei a diversas pessoas, de diferentes religiões e das Forças Armadas. Então, a partir daí criei uma história do passado, do presente e do futuro.

LB: Parece fascinante. Por favor, fale mais desta sua pesquisa.

AP: No presente criei uma história a partir do mito das pirâmides de Amazônia. A história do passado tem a ver com o dilúvio que sincroniza, nas tábuas sumérias, a primeira civilização pós-diluviana com todas as outras também que falam do dilúvio. Os pontos de convergência entre as civilizações são, além do dilúvio, as pirâmides e outros elementos culturais. A partir do Mahabarata, antigo livro hindu, peguei a civilização Rama, na Índia, onde Krishna é um avatar de Vishnu. Aqui, na América do Sul, descobri Viracocha. Estudei bastante a civilização e a cultura inca e percebi que no continente também havia uma convergência com a Índia e a Suméria. Mas temos também a civilização europeia e a oriental. Foi daí que surgiu toda a ideia da convergência.

LB: Você disse que o seu livro é uma ficção, então tem o direito de inventar o que quiser. Mas essa convergência não é um pouco problemática do ponto de vista metodológico?

AP: Não tem problema metodológico e vou lhe explicar por quê. O que tem problema metodológico é aquilo que chamo de “história prosaica”, que é ensinada nas escolas e universidades. Ela tem problemas metodológicos terríveis, porque vê o Período Neolítico como um avanço do Paleolítico, mas não foi isso que aconteceu. Como se comprova que o dilúvio existiu, por exemplo? É só verificar o fim da Era do Gelo, há exatamente 12.000 a.C, período no qual é descrito o fim do império Rama. A construção da Porta do Sol, na Bolívia, se deu em 10.000 a.C., e na lista dos reis sumérios data de 12.000 anos o primeiro rei pós-diluviano. Tudo converge para essas datas. O Período Neolítico seria, então, não uma evolução do Paleolítico, mas uma regressão de grupos que sobreviveram ao cataclismo. Não foi só Noé. Os escolhidos de que falam as Escrituras foram os que ficaram em pontos estratégicos para refazer a civilização — houve também outros sobreviventes do cataclismo que ficaram esparsos pelo mundo, e todos sofreram uma regressão tecnológica.

O entrevistado teve sua curiosidade iniciada para os mistérios do universo e da Antiguidade após ler as obras de Erich von Däniken. (crédito: ARQUIVO UFO)

LB: Vamos falar um pouco sobre esse “pelo mundo”, no qual você situou a humanidade sobrevivente ao cataclismo. Diferentes civilizações reconhecem diferentes constelações ou estrelas como sendo sua origem cósmica: Órion, Sirius, Alpha Centauro, as Plêiades. Então, pergunto: uma civilização, várias civilizações, várias origens? Fale um pouco mais sobre isso.


AP: Em minha opinião, há uma única origem. Se fossem várias origens, existiriam várias civilizações completamente diferentes, e não é esse o caso. As civilizações que surgiram após o dilúvio não eram completamente distintas. Eles construíam templos e faziam basicamente a mesma coisa. Aconselho a leitura do livro Crânios Alongados no Peru e na Bolívia: O Caminho de Viracocha [Anunaki, 2015], de Brian Foerster, sobre o tipo de crânio daqueles povos, no qual se vê que os alongamentos foram feitos desde o centro da Ásia, na China e na Índia, até chegar a Paracas, no Peru. E mais, por que todos os templos e as pirâmides têm a mesma forma? Para mim, não há várias origens. O contato extraterrestre é uma coisa tão rara por causa das distâncias envolvidas que, em minha opinião, deve ter sido feito com uma civilização por vez e dividido em milhões de anos. Muita gente que faz canalização não pensa assim, mas para mim o contato ocorreu com uma única civilização. Podemos chamá-la do que quisermos: extraterrestres, anunnakis etc. Mesmo por que anunnaki é só um nome.

LB: Mas é o nome que eles deixaram escrito, não é qualquer nome.

AP: Sim, e eles não eram terrestres. Eram “aqueles que do céu à Terra vieram”, segundo a tradução de Zecharia Sitchin para a palavra anunnaki. Ele poderia ter traduzido de forma mais fácil até, como extraterrestres. Anunnaki não é o nome de um povo, é um epíteto, uma descrição. Em meu livro escolhi a Constelação de Órion como sendo o local de origem dos extraterrestres porque Órion também é um ponto de convergência entre a maioria das civilizações. Tenho alguns pensamentos que são diferentes do que é pregado por muitos. Não acredito em Nibiru, por exemplo. Respeito muito o Sitchin, ele é meu mestre, mas as tábuas que ele estudou estão disponíveis nos sites de diversas universidades e eu fui estudá-las, por isso me especializei em escrita cuneiforme — mas não encontrei nada que descrevesse Nibiru como um planeta. Esta é uma tese, uma hipótese, mas acho que esses seres vieram de mais longe.

LB: Foram estes seres que criaram o Homo sapiens na Terra, não é?

AP: Sim, a partir da manipulação genética de outro ser que já existia aqui. Não posso lhe dizer que ser era esse. Nem a ciência soube afirmar ainda em que ponto o homem deixou de ser primitivo para se tornar o ser que é. Pode ter havido manipulação em um hominídeo ou em um primata.

LB: A partir desse cenário, como aconteceu a diversificação de raças em nosso planeta?

AP: A origem é um sistema de planetas na Constelação de Orion. Nele existem várias raças e cada uma delas deu sua “semente”. Por isso somos todos parecidos, porém diferentes na pele, na forma dos olhos e em outros fatores. Nós fomos criados à imagem e semelhança deles. Vários povos escreveram sobre isso, além, claro, de isso estar nos textos bíblicos. Essa origem também teria que ser única, filosoficamente falando. Pensei muito sobre isso e concluí que nossa natureza tem que ser única, pois se não fosse, teríamos várias espécies de humanos, com sistemas mentais e biológicos diferentes.

Muitas civilizações de nosso planeta aprenderam a alongar os crânios de seus membros com visitantes extraterrestres. (crédito: BRITISH HERITAGE)

LB: Como você situa, dentro da história dos anunnakis em nosso planeta, as civilizações perdidas? Onde entram os sumérios em relação à Atlântida e à Lemúria, os continentes desaparecidos?

AP: Essa pergunta é muito boa e bastante longa para se responder. Segundo minhas pesquisas, a história da humanidade se inicia na região da Mesopotâmia, mas há 450.000 anos. Ali os extraterrestres estabeleceram uma missão espacial. Os humanos foram criados há 300.000 anos. Isso quer dizer que já existiam, há 150.000 anos, as casas daqueles seres que estavam na Terra em uma missão de extração de minério, a partir da Mesopotâmia. Então, aquela civilização que surgiu entre 250.000 e 300.000 anos atrás, com os primeiros homens, que seriam os adâmicos, não era a Suméria que conhecemos hoje, mas outra coisa. Era a cidade dos extraterrestres. Os humanos eram apenas servos, trabalhadores.

LB: E o que houve, então?

AP: Bem, a partir disso o mundo começou a ser colonizado, porque os minérios começaram a ser extraídos também em outros continentes. Por isso, surgiu logo em seguida a civilização Rama, na Índia, e Mu-Rama, que ia da Índia até o Oceano Pacífico, e a Atlântida, aqui na América do Sul, no Oceano Atlântico. Essas civilizações existiram concomitantemente. Eram três áreas de exploração na Terra. Então, veio o dilúvio e aí nós temos outro cenário. Falo raramente sobre isso em palestras. Fiz um mapa múndi onde percebi que a origem das civilizações está ligada a topos de montanhas, inclusive onde se encontravam os olmecas. Ali, na Guatemala, há uma montanha de 4.400 m que se encaixa nesse padrão. Isso quer dizer que as novas civilizações pós-diluvianas se originaram de montanhas altas. É estranho, porque nelas as condições são horríveis, o ar é rarefeito etc. É muito mais fácil assentar uma civilização em uma planície, próxima a rios — esse fato comprovou, indiretamente, que existiu realmente um cataclismo.

LB: Faz sentido que as ocupações nos lugares mais altos tenham sobrevivido. O que aconteceu depois?

AP: Bem, a partir de então, e por aproximadamente 6.000 anos, aquelas famílias que moravam nas montanhas foram se tornando civilizações. Mas no mundo, além das civilizações que estavam sendo reconstruídas, havia pequenos grupos que andavam sem destino. Mais ou menos como na série televisiva The Walking Dead [2010], que se passa em um mundo pós-apocalíptico, no qual as pessoas estão perdidas. Houve, como consequência, uma involução na tecnologia — as pessoas não tinham mais a mesma tecnologia de antes e então começaram a usar a pedra polida, no Período Neolítico. As civilizações que estavam nos topos das montanhas foram ganhando mais tecnologia, porque tinham contato direto com os extraterrestres e uma linhagem de sangue mais próxima à deles. Depois desse ciclo veio outro, também de 6.000 anos, período no qual surgiu a primeira civilização, que é a suméria. Concomitantemente, começam a aparecer as civilizações do Egito e da Índia. Não acredito em Nibiru, por exemplo. Respeito muito o autor Zecharia Sitchin, que é meu mestre, mas as tábuas que ele estudou estão disponíveis nos sites de diversas universidades e eu fui estudá-las, por isso me especializei em escrita cuneiforme.

LB: Mas essas civilizações eram todas assentadas em vales de rios…

AP: Exatamente. As pessoas desceram das montanhas. Os arianos, por exemplo, vieram do Cáucaso, do Monte Ararat e nada mais eram do que os descendentes de Noé ou os descendentes de Jafé. Uma parte deles foi para a Mesopotâmia, eram os semitas, palavra que se usa até hoje [Sem-itas, filhos de Sem]. E há, ainda, os arianos que também desceram das montanhas e migraram para a Índia e para a Pérsia. Aqui, na América do Sul, os povos saíram de Tiahuanaco, que é o lugar mais antigo do continente. Na Guatemala, eles saíram do Monte Maia e, na África, de uma montanha no Quênia — os que desceram para as planícies eram como se fossem pessoas escolhidas pelos extraterrestres para repovoar a Terra. Os pequenos grupos humanos que ficaram vagando perderam contato com qualquer tipo de civilização. Assim, vemos o surgimento de pequenas vilas, como na Grécia, por exemplo. O que os micênicos tinham a ver com os dórios, eólios e jônios? Nada. Os micênicos foram destruídos porque os arianos, que tinham mais tecnologia, chegavam aos lugares e os dominavam. Ninguém sabe de onde vieram os micênicos. Eles surgiram a partir de um povoado que estava perdido no mundo pós-diluviano e ficaram com a tecnologia da pedra, enquanto os arianos vinham com a tecnologia do bronze.

LB: Segundo o Sitchin, quando os anunnaki chegaram eles se estabeleceram na região dos rios Tigre e Eufrates, na mesma região em que a civilização suméria se reconstruiu depois do dilúvio, é isso?

AP: Não. O que existia antes do dilúvio não era a civilização suméria — esta surge a partir dos semitas, por isso que é Suméria e Acádia, falando línguas semíticas, muito parecidas com o hebraico.

LB: Eles, então, herdaram o assentamento extraterrestre?

AP: Exatamente. Inclusive, antes do dilúvio, existiam muito mais terras além do Golfo Pérsico, que foram tomadas pelo mar, como mostra uma pesquisa publicada em 2010. Devem existir cidades ali. Então é possível que se possa descobrir alguma coisa dos anunnakis na região.

LB: Mudando um pouco de assunto, você acredita que existam pirâmides em Marte?

AP: Acredito que sim. As imagens que nos chegam via sites da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) estão mostrando isso de forma cada vez mais clara. Tenho um artigo sobre isso. Acredito que existam estruturas tanto em Marte como na Lua. Inclusive, se você ler o Mahabarata, verá que ele descreve as “Três Cidades do Céu”. Para mim, elas eram Marte, Lua e Vênus. Segundo o antigo livro hindu, vamos encontrar estruturas em Marte — quando os seres extraterrestres migram, eles criam um conjunto integrado de planetas, porque é assim no sistema de onde vieram.

A existência de pirâmides se constata em todo o mundo e até na Floresta Amazônica. Resta descobrirmos seu significado. (crédito: ARQUIVO UFO)

LB: Pirâmides vêm sendo descobertas em grande quantidade na Terra, inclusive Amazônia, sobre as quais até há poucos anos não sabíamos nada. O que você acha que os construtores dessas pirâmides quiseram transmitir para às civilizações futuras?

AP: Nossa, que pergunta difícil. Preciso dizer que eu não sei responder. Entretanto, tenho algumas conjeturas. Gosto de duas teorias: a do Sitchin, que diz que as pirâmides estão associadas às montanhas e próximas a locais de pouso, como marcos de aterrissagem; e a de que elas forneciam energia para as naves alienígenas. Realmente encontramos materiais estranhos nas pirâmides. Tem a mica negra na Pirâmide do Sol dos astecas, as duas entradas da Pirâmide de Gizé, que convergem para a chamada Câmara do Rei, onde só se encontrou uma caixa que ninguém sabe para que servia, já que não era um túmulo. Essa última teoria propõe que naquele local se gerava a energia que alimentava as naves.

LB: Você concorda que as três pirâmides de Gizé são anteriores à civilização egípcia?

AP: Elas são antediluvianas, tenho certeza disso, mesmo porque em volta delas não há nada tecnologicamente parecido — o que existe é uma tentativa de construção de alguma coisa parecida com as pirâmides. As outras construções são uma tentativa de imitar aquilo que já existia no local.

LB: Para complementar um pouco o que estamos falando, o que você acha dos contatados que falam dessas civilizações antediluvianas?

AP: É preciso sempre levar a sério o relato de testemunhas e experienciadores do Fenômeno UFO, pelo menos inicialmente. Em um segundo momento, temos que fazer uma triagem para ver se seus depoimentos são válidos ou não. Assim, é necessário que haja um método para isso, mas não é a minha área de estudo. Acredito que os contatados devem ser ouvidas por pesquisadores e profissionais que consigam comprovar que seus relatos são consistentes.

LB: Em sua opinião, o assentamento extraterrestre no planeta Terra foi concomitante ao assentamento marciano?

AP: Foi. Seres extraterrestres estavam colonizando o planeta, mas precisam de bases em outros lugares, até para ver a Terra de fora. A Lua serviu como um satélite para observarem nosso planeta. Existem estruturas que atestam isso. Aliás, se considerarmos a Lua como um planeta, então existiam Lua, Marte, Vênus e a Terra como bases principais, por motivos óbvios. É preciso levar a sério o relato de testemunhas e experienciadores do Fenômeno UFO. Em um segundo momento, temos que fazer uma triagem para ver se seus depoimentos são válidos. Acredito que os contatados devem ser ouvidos por pesquisadores.

LB: E quais seriam esses motivos?

AP: A pluralidade de vida, que interessaria cientificamente a qualquer civilização extraterrena, a multiplicidade de minérios e a própria formação da Terra, que é muito interessante para estudos geológicos. Biológica e geologicamente, nosso planeta é extremamente atrativo, além de ter atmosfera.

LB: Em sua opinião, estes seres que vieram de fora estiveram aqui por interesses científicos ou econômicos?

AP: Para nós podermos tentar entender os motivos extraterrestres, precisaríamos conversar com eles…

LB: E você já conversou com eles?

AP: Não, mas entendendo a civilização humana, conseguimos entendê-los também, pois fomos criados à sua imagem e semelhança. Na missão enviada à Terra existiam soldados, mineradores e cientistas. É preciso perceber que, quando alguém faz contato com um extraterrestre, não está tendo contato com uma civilização inteira, mas com um indivíduo, com alguém que faz alguma coisa específica em seu planeta. Esse indivíduo, por exemplo, pode ter interesse por música e pode não ter interesse por ciência. Eles têm uma vida muito mais longa do que a nossa, por isso achamos que eram deuses.

LB: O fato de sermos um paradigma deles é um critério metodológico para você? Isso é muito importante para a preparação do contato?

AP: Exatamente. Por que o homem mais primitivo mudou o ambiente em que vivia? Na verdade, nós tentamos construir outro mundo, porque isso está na nossa semente, no nosso DNA. Nós não somos adaptados à Terra. Não suportamos certas temperaturas, por exemplo. Tudo isso demonstra que a origem do homem é extraterrestre.

LB: Você acredita que a civilização anunnaki ainda existe ou acha que ela já acabou?

AP: Tenho quase certeza que ela ainda existe, vai voltar e reiniciar a civilização. Em minha opinião, os avistamentos ufológicos crescentes são sinais de que o reinício está próximo — nós vamos ter um novo cataclismo e, a partir disso, os anunnakis vão reiniciar a civilização com seres humanos geneticamente modificados para melhor.

O entrevistado concorda com muitos pesquisadores quanto ao fato de a Constelação de Órion ser a origem de alguns ETs. (crédito: HUBBLE TELESCOPE)

LB: Vai haver então um novo cataclismo envolvendo nosso planeta?

AP: Os cataclismos são cíclicos, como é explicado pelos hindus. Para eles, o tempo é cíclico, portanto tudo volta a acontecer. Mas, na verdade, é um movimento em espiral que vai sempre para frente, por isso a cada novo início há melhoras.

LB: No documentário Data Limite [2014], Chico Xavier diz que foi concedido um tempo à humanidade para que os homens progredissem em consciência. Você acha que isso não procede?

AP: Procede sim. Não conheço o documentário, mas em meu segundo livro estou escrevendo sobre este tema. A civilização humana que conhecemos não tem mais chance, não tem mais volta. Vai surgir uma nova humanidade.

LB: Nós saberemos que os extraterrestres existem, antes de acabar?

AP: Acontecerá ao mesmo tempo. Eles vão se apresentar e escolher alguns.

LB: E eles nos monitoram o tempo todo?

AP: A minha teoria é a seguinte: inicialmente isso aqui era uma colônia de exploração científica. Mas quando os cientistas da colônia criaram o ser humano, foi estabelecida uma comunicação transcendental entre as partes e nós viramos suas criaturas. A Terra já estava pronta, os animais já estavam aqui. Eles só criaram uma criatura, que somos nós. Isso criou um laço que os faz voltar — mas se por um lado querem melhorar o que criaram, por outro nos boicotam para que não cheguemos ao patamar ao qual eles chegaram e nos transformemos em um perigo. Se não tivermos o conhecimento moral necessário, eles não têm como nos transmitir uma tecnologia mais evoluída, porque isso seria um perigo não só para eles, como para tudo o que existe. Nós poderíamos criar um buraco negro, por exemplo. Nós nos tornamos muito perigosos. Sitchin traduziu a palavra anunnaki ao pé da letra e ela nada mais é do que um sinônimo para extraterrestres, ou seja, ‘aqueles que do céu desceram à Terra’. A palavra nunca se referiu a deuses metafísicos e quem diz isso não conhece escrita cuneiforme.

LB: Você afirmou com bastante certeza que a humanidade teria uma origem única, vinda de um sistema planetário situado na Constelação de Órion. Vamos voltar a essa questão, abordando as diferentes tradições culturais. A tradição da tribo Hopi, dos Estados Unidos, diz que seus antepassados conviveram com extraterrestres em um passado muito distante, no continente desaparecido de Mu, e que todas as raças humanas vieram daquele continente. Onde se insere na história dos anunnakis o continente de Mu?

AP: Como disse anteriormente, temos que dividir a história da civilização entre antes e depois do dilúvio. Mu foi uma civilização antediluviana que teria dado origem a algumas civilizações na América e algumas na Ásia. A própria civilização Rama teria vindo do continente de Mu, que afundou como Atlântida, durante o derretimento das calotas polares no final da Era do Gelo. Esse gelo todo derreteu e ocasionou uma catástrofe muito grande. É aí que se insere o continente de Mu, sobre o qual falam os habitantes da Ilha de Páscoa. Se você observar o Oceano Pacífico pelo site Google Earth, desde a Polinésia Francesa até a Ilha de Páscoa, vai perceber que ali realmente havia um continente, porque é possível ver a geologia do solo no fundo do mar. Hoje em dia podemos ter uma ideia bem clara sobre isso.

LB: Mas os povos conviveram com os anunnakis naquela época remota?

AP: Os anunnakis tiveram como base de operação a região da Mesopotâmia, mas isso não quer dizer que outras civilizações não tenham se desenvolvido em outros lugares da Terra. Os dogon, com pouco conhecimento de astronomia, conheciam Sirius A e Sirius B, assim como seu tamanho — Sirius B seria uma anã branca, uma estrela pequena com massa elevada e também há Sirius C, cuja existência só passou a ser prevista por uma teoria na década de 90. Onde se encaixariam esses fatos em minha própria teoria? Talvez os seres do sistema planetário que nos visitaram sejam muito mais numerosos do que imaginamos. Pode ser que o berço dessa civilização seja em Órion e que ela tenha se expandido até Sirius, antes de vir até nós. Apenas gostaria de deixar claro que uso a palavra anunnaki como sinônimo de extraterrestres. Se eles não nasceram na Terra, são extraterrestres. Anunnaki é, então, para mim, um termo genérico.

LB: Você poderia nos falar um pouco sobre como você acha que a filosofia deva entrar nas considerações em relação aos extraterrestres?

AP: A filosofia entra com o adento da lógica. Acredito na passagem da Bíblia que diz que fomos criados à imagem e semelhança deles. O Gênese fala até no plural. A palavra filosofia significa “amor ao saber”. Podemos usar técnicas de inferência lógica para chegarmos a um resultado. A ciência, inclusive, é simplesmente uma área da filosofia. Escuto muitos ufólogos dizerem que temos que acompanhar a ciência, mas ela é só uma área da filosofia. Nós temos que pensar sobre a ciência, observar os eventos e refletir sobre eles. Você fez um comentário que achei fantástico sobre a ética extraterrestre, porque muita gente desconhece o que é ética, e ela também é uma área da filosofia. Temos que refletir igualmente sobre a ética do contato extraterrestre, e é aí que a filosofia entra. Podemos trabalhar com as inferências lógicas ou com um sistema de perguntas e respostas. A Ufologia tem que responder a questões tais como “de onde viemos”, “por que estamos aqui” e “para onde vamos”, que são três indagações da filosofia. Não adianta comprovar fisicamente que uma nave viaja pelo espaço interestelar e chega até aqui se não soubermos a causa, o por quê — o estudo desta causa não é feito pela física ou pela química, mas pela filosofia. Então, se um ufólogo não refletir sobre a causa dos fatos, estará sempre falando mais do mesmo.

LB: O tema é muito interessante, por favor, continue a nos falar.

AP: Achei, por exemplo, um absurdo filosófico Stephen Hawking dizer que não precisamos mais da filosofia, porque ela só serviria para a linguística. Aí, vejo dois livros dele só de reflexões filosóficas. A tese de que o universo é uma casca de noz, por exemplo, não tem nada de trabalho acadêmico, mas sim de reflexão filosófica. Depois, Hawking falou que vai lançar uma missão de 100 milhões de dólares para encontrar vida extraterrestre através de sinais de rádio, uma evolução do Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente]. Para que gastar tanto dinheiro, se temos tantos ufólogos, tantas pessoas contatadas, tantas provas e evidências de contatos extraterrestres com humanos e até de que os extraterrestres criaram os humanos?

LB: Você acha desnecessário, um desperdício de dinheiro, o uso deste orçamento como planejado?

AP: Ora, se temos tantas evidências da ação extraterrestre no planeta Terra, por que mandaríamos um sinal de rádio? O absurdo filosófico é o seguinte: se estamos lidando com uma civilização que atravessa o hiperespaço, que interesse ela teria em se comunicar por rádio? O mesmo vale para Carl Sagan. Qual o interesse de uma civilização que atravessa o hiperespaço de se comunicar por meio do desenho de um homem e uma mulher nus, acenando com a mão, como está em uma placa acoplada a uma nave enviada ao espaço há algumas décadas? Isso quer dizer que essas pessoas não refletiram filosoficamente sobre o problema — não vamos conseguir nos comunicarmos com ninguém desse jeito, pois isso é uma ofensa a uma civilização que atravessa o hiperespaço. É a mesma coisa que uma civilização que estivesse em Vênus quisesse se comunicar conosco através de sinais de fumaça. Falta reflexão filosófica não só na Ufologia, mas na própria ciência.

Os dogons, da África, possuem conhecimento astronômico muito acima de todos os demais povos do continente. De onde vem a sabedoria? (crédito: NATIONAL GEOGRAPHIC)

LB: Gostaria que você voltasse a abordar a questão das visitas extraterrestres pelo viés filosófico. Por que, em sua opinião, não as recebemos mais frequentemente?

AP: Uma das razões pode ser a Hipótese do Zoológico, que é uma das respostas científicas ao Paradoxo de Fermi. Fermi se questiona: se existem tantas civilizações extraterrestres, por que não fazem contato conosco? A melhor resposta a esse paradoxo é porque eles simplesmente não têm interesse. Essa resposta até levou à criação da série Star Trek [1977], para se ter uma ideia de como ela é uma hipótese importante. Essa resposta criou toda uma filosofia. Existem alguns planetas que teriam interesse científico na Terra, outros teriam interesse moral ou ético em ajudar a civilização humana a evoluir. E existiriam povos que se interessariam pela Terra assim como nós nos interessamos por um formigueiro, por isso a ideia se chama a Hipótese do Zoológico. A quarta possibilidade diz que existiriam algumas civilizações que considerariam o homem potencialmente perigoso e a Terra seria apenas observada de longe.

LB: No penúltimo Fórum Mundial de Ufologia, que a Revista UFO organiza anualmente em Foz do Iguaçu, houve uma palestra muito interessante feita pelo professor Alexandre Dittrich Buhr sobre Exopolítica, na qual ele enumerou os diversos crimes cometidos pelos extraterrestres contra humanos, como sequestros, estupros, privação de liberdade e uma infinidade de delitos nas abduções. O que você pensa sobre isso?

AP: Bem, quanto à Exopolítica, acho que o que realmente precisamos fazer é refletir mesmo sobre o que é lei e justiça para nós, humanos, e o que é lei e justiça para outras civilizações pode ser que existam civilizações extraterrestres que nem leis tenham. O Código de Hamurábi, a primeira lei humana, foi entregue pelo deus Uthu diretamente a Hamurábi, que era um anunnaki. Era uma lei primitiva, do olho por olho, dente por dente.

LB: O Código de Hamurábi seria a transmissão da lei vigente na civilização dele, ou teria sido feita por eles, mas para a humanidade?

AP: Acredito que sim. Sabemos que existe um código de leis na civilização dos anunnaki, porque eles trouxeram isso para nós. Imagino que tenham uma lei muito melhor. Aquele código serviu para um momento histórico determinado. A lei olho por olho, dente por dente é natural — o que não é natural, e que nós encontramos no Código de Hamurábi, é o privilégio de uma classe de nobres em detrimento da classe dos agricultores. Então, a civilização que nos transmitiu o código tinha leis. Mas pode existir uma civilização naturalmente justa, que não precise de leis.

LB: Não é o nosso caso…

AP: Acho que os seres que nos criaram têm natureza bélica, por isso somos bélicos também. Estamos à mercê deles. Penso que sim, que estamos à mercê da natureza, de tudo o que é natural: de seres deste planeta, seres de outros planetas e de seres inanimados, como, por exemplo, uma estrela que pode explodir. Então, como já disse antes, falta reflexão filosófica.

LB: Mas eles não são mais só regidos pelas leis naturais. Eles teriam uma tecnologia muito acima da nossa e que provavelmente já está muito além até da biologia.

AP: Isso mesmo. Por isso temos que nos perguntar qual é a ética deles, qual é a sua moral. Não sabemos. É uma questão sobre a qual temos que refletir…

LB: O que você imagina que acontecerá com a nossa civilização?

AP: Acho que estamos mesmo no fim de uma era. Acredito em algumas profecias dos antigos, porque eles tinham um contato mais direto com os extraterrestres. No próximo século creio que teremos uma novidade séria. Existem sinais de que nossa civilização não vai bem, com muita violência, e a natureza também não vai bem, pois nós não estamos coabitando o planeta em paz com os outros seres que existem, mas destruindo tudo. Acho que chegaremos ao fim desta era com a intervenção de uma catástrofe, como há 12.000 anos. Aceito isso porque a mente vai continuar e tudo isso é um aprendizado.

LB: Você concorda, então, com Chico Xavier quando ele diz que a humanidade foi colocada em uma espécie de “quarentena”, que foi dado a ela um tempo para que evolua por meio da ética, sem que seja necessária a intervenção de um cataclismo?

AP: Acredito que essa oportunidade foi dada. É uma grande coincidência você falar tanto do Chico Xavier. Eu não conheço o documentário Data Limite Segundo Chico Xavier [Pozati Filmes, 2014], que você mencionou, mas estou até escrevendo no meu novo livro sobre uma reunião de extraterrestres, que se daria em 2019. Coincidência? Acho que ninguém vai acreditar que eu não conhecia a profecia antes de escrever. Infelizmente, acredito que o homem não vá ultrapassar seu próprio limite.

LB: Você é consultor da Revista UFO já há alguns anos e vem fazendo palestras nos eventos que a publicação promove. Poderia, por favor, deixar uma mensagem final para nossos leitores?

AP: É indiscutível a existência de vida extraterrestre e que somos visitados por esses seres. Disso não restam dúvidas. Entendo que temos provas físicas e testemunhais suficientes para botar um ponto final nessa questão. Por isso é importante que a investigação ufológica se volte majoritariamente a outras questões de ordem filosófica. Não devemos mais ficar discutindo se UFOs existem ou não, se são ou não extraterrestres, mas sim a razão de estarem aqui, quem são e o que querem? Esse deve ser o centro dos debates daqui para frente. Estamos na vanguarda do conhecimento.